Quando disseram ao poster, na tarde de segunda-feira, 3, que o Psol havia publicado “nota” anunciando disposição de ser “oposição” ao futuro governo João Salame, não acreditamos.
Ao mesmo tempo, admitimos a origem da informação ao lembrar das banalidades camaleônicas que caracterizam essa legenda, a nível local – e suas reações mazaropianas diante da sociedade marabaense.
Por que a descrença inicial?
Simples!
Partido que recebe nas urnas o universo de votos que o Psol, coligado ao Pstu, recebeu em outubro, deveria entrar num processo de quarentena barnabita, buscando auto-análise pela sobrevivência.
O candidato a prefeito da coligação recebeu menos de mil votos -, exatos 912, mais precisamente 0,92% dos eleitores apurados.
Somando a votação de todos os candidatos a vereadores da legenda, também coligada ao PSTU, a vergonhosa soma de 1050 votos.
Universo eleitoral incapaz de eleger uma Chefe-Adjunta de merendeiras d´uma escola de ensino fundamental
O posterior sentimento de que a nota fosse verdadeira partiu daquele já conhecido status partidário do PSOL de que o importante, na ótica tacanha de seus dirigentes locais, é andar na contramão da história.
Na vida política há uma verdade incontestável: só faz oposição quem tem representatividade.
A resposta das urnas mostra que o Psol, no embalo que segue, jamais será visto como uma alternativa de poder.
A nota dizendo que o partido fará “oposição” à futura administração não passa de uma manobra de alguns de seus dirigentes para fazer mise-en-scene.
Nada mais, nada menos do que isso.
Ou numa expressão bem nossa: presepada.
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Atualização às 09:03
Para checagem da votação dos candidatos a vereador do Psol/Pstu, dá uma chegadinha aqui neste link.
Chagas Filho
6 de dezembro de 2012 - 10:57Quero dizer, primeiro, que tenho o maior respeito (e carinho mesmo) pelo Manoel da Cosanpa e o Ribamar (amigo de batalhas judiciais).
Mas o que se vê é que o PSOL reproduz no seu interior o mesmo que os outros partidos políticos fazem.
A diferença do PSOL para os demais é que o partido ainda não chegou ao poder. Quando chegar, fará igual. Prova disso é a forma como foram escolhidos os nomes que concorreram à eleição majoritária. Quem participou do processo sabe as manobras e a imposição feita.
É uma pena, amigos do PSOL, mas, ao que parece, “tudo aquilo contra o que vocês lutam é exatamente tudo aquilo que vocês são”.
É isso.
Francisco Macedo
5 de dezembro de 2012 - 12:09Para sair da crise os capitalistas não fazem milagres, arrocham salários, tiram direitos trabalhistas, exigem diminuição de impostos, etc.
Antes de falar de quantidade de votos é importante compreender que os cargos de prefeito ou de vereador não representam o poder, é parte do poder. São instâncias importantes, mas é parte, há outras instâncias a serem mobilizadas, e o poder de pressão não é exclusivo do legislativo, nem mesmo de instâncias institucionalizadas. Quanto ao resultado eleitoral isso não nos abala, temos maturidade para compreendermos o atual momento histórico, continuaremos firmes em nossos princípios, nossas diretrizes programáticas.
Então as eleições correspondem a um meio, não um fim em si mesma. Seguiremos firmes como lutadores sociais por uma sociedade justa, fraterna, harmônica e feliz. É nossa oposição é programática, entramos em cena vigilantes e coerente.
Francisco Macedo
5 de dezembro de 2012 - 12:08Alguns partidos ou alguns filiados a partidos, orientados por uma perspectiva eleitoreira, desrespeitam o estatuto e programa tomando decisões ou ações incoerentes com esses documentos. É importante destacar que um partido não é uma unidade autônoma municipal ou regional, está filiada, a uma concepção de sociedade que da unidade ao partido. Portanto, nossa posição é coerente com nosso programa e a carta foi aprovada considerando as diretrizes estatutárias.
Somos filiados ás teses marxistas, um importante estudioso do capitalismo e seus componentes. Estudos que possibilita compreender esse sistema, que inclusive está em crise em virtude de uma financeirização do capital repercutindo nos países centrais, inclusive repercutindo em nossos consumidores de commodities implicando no nosso sonhado desenvolvimento a partir da venda de minério de ferro.
Francisco Macedo
5 de dezembro de 2012 - 12:07Então nossa oposição é programática, não é contra o indivíduo João Salame, mas contra um programa, um sistema que ele representa, se ele for eficiente ou ineficiente no governo dele o sistema continuará forte. Familias sendo despejadas de seus locais de trabalho, privatização de espaços públicos, elevação dos índices de criminalidade, entre outros males.
Todo partido tem um estatuto e um programa, o primeiro rege a organização do partido, o segundo orienta suas ações, é a identidade do partido. O militante é coerentemente quando suas ações políticas são orientadas pelo programa e respeita as regras definidas no estatuto.
Francisco Macedo
5 de dezembro de 2012 - 12:07Nossa nota é serena e objetiva, apresentamos características ao programa de governo, identificando ligações com antigas oligarquias e a manutenção da concepção desenvolvimentista do governo baseado na pratica de isenção fiscal, incentivo à grande empresa flexibilizando leis trabalhistas e ambientais, gerando subempregos, cedendo aos interesses das grandes empresas e do grande capital, tal qual a proposta de desenvolvimento da década de 70 que tantas mazelas trouxe à região. Colocando-nos em eterno estado de subdesenvolvimento, ou um eterno em desenvolvimento. Esquecendo que o estágio desenvolvimento técnico, cientifico, econômico e social do Brasil ou da Amazônia não é necessariamente contraditório com o sistema capitalista, ele precisa das áreas periféricas, dos fornecedores de commodities, e nosso papel, ou como gostam alguns, “nossa vocação”, na ordem capitalista é esse.
Paulo Sarmanho
5 de dezembro de 2012 - 10:12Deixem o PSol pra lá. Ele não fede nem cheira… É daquela filosofia: “Tem governo? Sou contra”. E por aí vai… Portanto, deixem o PSol recolhido à sua insignificância…
Francisco Macedo, membro do Diretório Estadual do Psol, solicito enxugar o teu comentário, que excedeu ao número de linhas permitido, conforme identificado nas regras de publicação – localizadas neste página. O texto, de tão extenso, ficou parecendo uma tese de Doutorado.
Anônimo
5 de dezembro de 2012 - 01:57Infelizmente, aqui, o negócio é reclamar. É ridícula esta nota. Fazer oposição a quê? O cara nem começou a trabalhar!!! Pq não fazem oposição firme ao Maurino para que ele pague nossos salários e 13. Na minha opinião, essas pessoas que vivem num mundinho de cientistas sociais (nada contra esses profissionais e estudiosos) são iguais aos evangélicos bitolados. O importante, para eles, é… “nós prestamos e somos os escolhidos e só nós faremos a diferença. Todo o resto não presta”. Affffff. Dá-lhe Marx. Acho que só sabem se basear nas obras dele e ficam arrumando um jeitinho de aparecer.
Opinião
4 de dezembro de 2012 - 21:40Esse PSOL não vale o q o gato enterra… como vcs podem julgar se as coisas ainda não aconteceram…aguardem pra vcs falarem alguma coisa…
Michael Souza
4 de dezembro de 2012 - 20:00Ei aqui ninguem está discordandodo direito de oposiçao,simplesmente nao concordo com julgamentos antecipados vamos deixar o governo trabalhar para depois analisar e simples.
Pedro
4 de dezembro de 2012 - 19:40Hiroshi, o PSOL, foi o primeiro a declarar neste estado quando foi autorizado o plebiscito, que era contra a divisão do estado, olha a resposta do povo de Marabá, na eleição anterior o partido que teve como candidato o sr. Felix Urano (Tibirica), teve uma melhor avaliação, todos que foram contra a divisão levaram farelo, olha o o exemplo de ex invencivel Tiâo, o povo não tem memoria tâo curta, abre os olhos PSOL.
Dario dos Anjos
4 de dezembro de 2012 - 17:57Sábias palavras a do “E Não pode”!. Faço delas as minhas palavras, vez que sei bem o que é ser oposição, pois em 1989 comprava santinhos do Lula com o meu mísero dinheiro para fazer campanha sozinho a favor de um partido novo, com idéias revolucionárias que com o tempo foi ficando para trás. Recebi um monte de críticas de amigos e de familiares, hoje estão quase todos no PT. Continuo fiel ao meu partido, que outrora não tinha representatividade nenhuma, mas discordando totalmente das besteiras cometidas ao longo do tempo. Então não fique casoando do PSOL, oposição é sempre bom, até para a posição não ficar cometendo besteiras como o PT infelizmente cometeu. Alternância de poder é o combustível da democracia!
Michael Souza
4 de dezembro de 2012 - 17:35Concordo totalmente com o proprietario do blog você nao pode criticar algo que ainda nao começou o que é isso oposição somente pela oposiçao.
Companheiros diante da escolha que o povo de maraba fez a 4 anos atras podemos criticar o governo que está deixando o poder, se declarar oposiçao a algo que ainda nem começou quer dizer que tudo nesse governo vai dar errado onde está a “bola de cristal do psol ?
O radicalismo do referido partido ainda vai demorar a ser aceito pela populção as urnas mostraram isso pois discursos apaixonados em universidades baseados no marxismo dentro de universidades sinceramente não da mais os tempos são outros amigos .
“E não pode ” voce tem o direito de discordo do que você quiser mais pelo menos tenha motivos para isso nao fique com atos preconceituosos de algo que ainda nem começou.
Fidel
4 de dezembro de 2012 - 16:51Discordo da maioria. O PSOL tem todo o direito de fazer oposição, mesmo com a pífia votação, pois reconheço que o sufrágio universal é apenas uma forma de avaliação e atuação política. O que falta ao PSOL, talvez, seja uma melhor qualificação de seus quadros, apegados a um ativismo estéril, marca registrada da nota divulgada, esforço dos seus dirigentes, única qualidade que neles reconheço.
Esperança
4 de dezembro de 2012 - 14:03Pessoas que não sabem perder se comportam assim, quem não aceita perder, não deveria nem entrar na política. Deixa João pelo menos assumir meu povo, deixa o homem trabalhar e desenvolver as suas propostas, pra depois vcs se manifestarem. Querendo ou não, vão ter que engolir. Vcs perderam, e agora é a vez de João administrar Marabá. A vida é assim, de ganhos e perdas. Tenho fé e esperança que essa administração ficará na história de Marabá. Podem fazer oposição a vontade, pois quem não deve não teme. Boa sorte pra vcs!!!
CAUÍ
4 de dezembro de 2012 - 12:33Não podemos esquecer que a ortodoxia do PT,é a dissidencia que originou o PSOL,em Marabá,infelizmente,uns xiítas,só sabem jogar merd… no ventilador, fraqueza e burrice generalizada, uns sem futuro.
E não pode
4 de dezembro de 2012 - 11:40Oxente…
E é proibido dizer que vai se fazer oposição a determinado grupo político em Marabá, mesmo que seja o grupo messiânico do João Salame?
O fato de não ter tido votos suficientes para eleger uma “Chefe Adjunta de Merendeiras de uma escola de Ensino Fundamental” descredencia o PSOL de firmar posição política?
Estranho isso, considerando que parte de alguém que se diz defensor intransigente da democracia….
Que é isso Hiroshi?! Pensei que sua postura política, agora meio que atrelada ao poder local, se manteria a mesma, sempre respeitando a diversidade, já que essa tem sido a tônica deste blog ao longo dos anos.
É claro que lhe é permitido e resta até salutar discordar da postura do PSOL ou de qualquer outro partido ou agremiação social quanto a opção de seguir tal ou qual orientação política, mas dai a querer descredenciar completamente um partido político democraticamente constituído que resolve discordar do cenário político, soa até meio despótico.
Quero crer que esta nota foi escrita apenas num daqueles momentos em que nos deixamos levar pelas paixões e falamos sem refletir as implicações do que falamos, pois continuo crendo em seu espírito democrático e no respeito que guarda pelas instituições e instâncias sociais.
Ora, o PT, que hoje faz parte, também, do futuro establishment marabaense, por muitos anos amargou votações pífias em todo o país, mas ainda assim permaneceu fiel aos seus ideais e alcançou grande envergadura, porque não dizer, mundial, na medida em que chegou ao poder central do Brasil. Assim também com o atual PMDB – que goza do mesmo status local do PT – e por anos a fio, nos tempos da ditadura, foi mantido na clandestinidade por discordar da idéias do comando central.
Então, o fato de o PSOL não ter tido tão expressiva votação nas eleições pretéritas não é o suficiente para silenciá-lo ou para descredenciá-lo a dar pitacos na política local, vez que detém legitimidade para tanto, pois se constitui em fórum político adequado para tanto.
Um Abraço…
Espero que publique, e, se for o caso, até mesmo comente, para desfazer este, continuo crendo, grande mal entendido e evitar interpretações equivocadas a respeito de seu viés político.
Caro “E Não pode”,
Qualquer cidadão tem o direito de se manifestar contra ou a favor a determinados situações políticas, A democracia nos permite e estimula isso. Isso pode, e deve, sim, existir em qualquer lugar minimamente civilizado.
Agora, não é recomendável, e, portanto, não pode, é um partido político, que se diz originário das raízes populares, como o Psol, editar manifestação numa vergonhosa nota pública oficializando-se porta-estandarte da oposição a um governo que nem foi ainda empossado.
Para posicionar-se dessa forma, esta é a verdade, o PSOL teria que ter representativa. E não a tem, nem para eleger uma Chefa-Adjunta de merendeira d´uma escola de ensino fundamental.
O Psol pode, sim, para satisfazer o ego de alguns de seus dirigentes, arrotar o que bem entender, mas, para a sociedade de Marabá o eco disso não passará do que o é, na realidade: arroto.
O resto, “E não pode”, é perfumaria de lastimável mau gosto.
Aurismar L. Queiroz
4 de dezembro de 2012 - 11:37Caro Hiroshi,
Respeito sua opinião porque, mesmo fazendo parte desse partido, sou obrigado a concordar com suas palavras. Esse grupelho que ai se encontra, não representa o partido no seu todo. O discurso apresentado por eles tem alguma coisa de demagogo, reunião da diretoria desse partido, da qual me afastei por discordar de certas ideias, mais parecem culto de pregação daquelas igrejas mais radicais do cristianismo. “Aquele que confessa e deixa alcançará misericórdia”, essa é a palavra de ordem para aqueles que não apoiaram um candidato a majoritária que troca “fundeb” por “fundef”, invés de “piso salarial” diz “teto salarial”. São pessoas que defendem apaixonadamente as decisões de cerceamento da imprensa como fez Hugo Chavez. Felizmente, há pessoas mais esclarecidas nesse meio que está lutando para reconstruir esse partido, ou melhor, construí-lo. O núcleo de educadores, que tem sua base no Sintepp, está lançando uma nova tendência dentro do partido, é a UDS – Unidade Socialista dos Trabalhadores. Queremos construir um socialismo ligado ao mundo real, não aquele que fica comprimido dentro de ideologias ultrapassadas, ou preso dentro dos muros das universidades federais. Se o prefeito eleito leu essa nota, deve ter passado a noite sem dormir preocupado com essa “oposição” que não consegue eleger um representante ao poder legislativo municipal. Como pode se opor a um governo que ainda nem começou? Se opor a algo que ainda não existe é burrice. Dessa burrice não compartilho.
Lívia Mesquita
4 de dezembro de 2012 - 11:00Enfim, os números não mentem. Saber perder também é politicar. POLÍTICA é como neologismo para o PSOL. Parece que não entendem. Um cursinho cairia bem! Esquecem que candidatura não começa às vésperas da eleição. Candidatura começa com as diplomacias anteriores. É a história que elege o candidato. João Salame, merecedor da vitória, tem uma bagagem de orgulho para todos nós, uma longa história que insistimos em não esquecer. Ah! Já ia me esquecendo: HUMILDADE também é neologismo para o PSOL.
Diogo Margonar
4 de dezembro de 2012 - 10:04Até onde me lembro foi o PSOL em nível nacional que, no Congresso Nacional, arquivou um projeto que poderia criar uma Zona Tributária de Exportação para Marabá, destruindo mais um fomentador de empregos. Para min, a atuação deste partido se resume à defesa do casamento homossexual, legalização das drogas, do aborto, intolerância aos evangélicos e católicos, ataque à empresas e uma prancheta cubana de desenvolvimento…Enfim, coisas que não representam a demanda da grande maioria do povo brasileiro.