Dez dias praticamente ausente da base, como ainda permanece – o poster acompanhou de longe os fatos políticos.

Com um olho no peixe e outro no gato, não desgrudou, no entanto, de se ligar na votação do tal “novo” Código Florestal, que de novo só tem mesmo o desflorestamento que irá estimular, depois da aprovação da anistia a desmatadores e da não obrigatoriedade de cobrir com novas mudas a supressão de florestas em áreas predeterminadas.

O pelotão dos desmatadores, financiados por pecuaristas e até os próprios, conseguiu derrotar a proposta do governo, numa votação coberta de cenas deprimentes, risos amarelos e o enfadonho momento pós-aprovação, saudado pelos motosserristas como se o país tivesse vencido uma guerra.

Mais desalentador foi presenciar a participação de doze membros da bancada paraense entre os efusivos risos de alegria tão logo saiu o resultado da votação.

Uma catrevagem de políticos mal intencionados, desassociados  das questões ecológicas -,  hoje tão importantes  quanto a atenção que se deve dar à   educação, saúde, segurança individual e disseminação do conhecimento.

Os deputados federais paraenses motosserristas, em verdade, pouco estão ligando à pobreza, desigualdade, qualidade de vida. Para eles, assim como para outras centenas de  deputados de outros estados, compromissos maiores são com os financistas de suas campanhas.

E eles sabem que o desmatamento gera pobreza e minguam os já exauridos recursos naturais.

Para desgraça deles, e plena irritação de seus pulmões, temos Dilma no comando da nação, que vetará os artigos criminosos aprovados pela catrevagem.

 

A catrevagem expondo cinismo no plenário da Câmara dos Deputados