A pista 1, considerada a principal de Van-de-Cans, está interditada, pela Aeronáutica.

As denúncias de pilotos e diretores da TAM encontraram avaliação abalizada do  Departamento de Controle de Espaço Aéreo (Decea), órgão do Ministério da Defesa, que referendou receios da voadora ao constatar concentração exagerada de poços d´água, em dias de chuva, na pista  de maior extensão, exatamente 2.800 metros.

A partir de agora, até a correção do problema, aeronaves usarão apenas a pista dois, de 2.400 metros.

As inspeções constataram que a pista acumula água em excesso que se mistura ao óleo liberado pelo asfalto, tornando-a extremamente escorregadia.

Do jeito que revelaram comandantes dos jatos da empresa que detém a maior fatia de mercado aéreo do país.

O mais estranho em toda essa história é que a pista um foi totalmente recuperada, no final do ano passado, com investimento da ordem de quase R$ 6 milhões, com objetivo de garantir as boas condições de funcionamento do sistema de pistas. O investimento foi de R$ 5,6 milhões. Os serviços foram realizados em três etapas, com ações de recapeamento (troca de asfalto) e revitalização do pavimento, restauração e execução da nova sinalização horizontal (pintura) da pista. Mas ao contrário do que se pretendia, desde a conclusão das obras o que se viu foi uma reclamação geral sobre a a segurança da pista.

Pelo visto, dinheiro jogado fora.

E agora, a quem atribuir a responsabilidade por essa má gestão de recursos públicos?

Qual o prazo  a ser dado para a correção do problema?

A pista dois terá condições para absorver o número de pousos e decolagens, principalmente nesse período de chuvas, cuja demanda ganha proporções devido a alta temporada no sudeste e o carnaval que se aproxima?

 

Pista um de Val-de-Cans, denunciada pela TAM, agora tem interdição decretada pela Aeronáutica.
Pista um de Val-de-Cans, denunciada pela TAM, agora tem interdição decretada pela Aeronáutica.

——————–

Atualização às 16:18

A propósito, o blog fizera alguns questionamentos a respeito da decisão da TAM não operar o aeroporto de Belém, em dias de chuva.

No mínimo,  alertava para a necessidade de investigação mais a fundo, sempre em favor da segurança dos passageiros de todas as companhias aéreas.

A resposta da Aeronáutica tem efeito tranquilizador.