Reproduzido do blog do Walter Rodrigues:

Informa o Congresso em Foco que Lula reagiu com palavrões aos argumentos de Lobão e Gabrielli, presidente da Petrobrás, contra o novo acordo de Itaipu preparado sob a supervisão do Ministério das Relações Exteriores.

A reforma do tratado, criticada pela oposição, praticamente triplica o valor pago pelo Brasil pela energia adquirida ao Paraguai em Itaipu, atendendo em grande parte às reivindicações do presidente paraguaio Fernando Lugo.

Brasil e Paraguai são sócios na energia gerada pela hidrelétrica de Itaipu, a maior do mundo em geração de energia, situada na fronteira entre os dois países. Um investimento histórico de 16 bilhões de dólares que está prestes a alcançar a produção de 100 bilhões de quilowatts/hora.

Como o Paraguai é muito pobre (ainda sofre as consequências da guerra contra a tríplice aliança Brasil, Argentina e Uruguai, 1864-1870), e pouco industrializado, vende seu quinhão de Itaipu aos brasileiros.

Visão da Historia
Pouco importa se disse palavrões ou não — o problema é deles, de quem diz e de quem engole.
Importa é a seguinte passagem do monólogo referido:

— Não me venha com esse papo. Vocês querem que o Brasil repita com os países pobres o mesmo imperialismo dos Estados Unidos com toda a América do Sul. O Brasil tem uma responsabilidade muito grande com os vizinhos, ainda mais com o Paraguai, teve a guerra. Vocês querem lascar o Lugo, mas não vão.

Assim procede o estadista. Que não se escraviza à conjuntura e à frieza dos números, mas estuda e compreende o passado para melhor construir o futuro. Não apenas com ciência, mas também com imaginação e ousadia.

Ao Brasil não interessa prosperar cercado pela miséria dos vizinhos. Há que ser generoso com os mais pobres, como faz também a Venezuela na sua zona de influência.