Quando os 23 alto fornos estiverem operando com a inauguração de mais quatro em fase de conclusão no Distrito Industrial de Marabá, o consumo de carvão deverá superar a cifra de 6 milhões de metros cúbicos/ano. Isso significa a utilização de 16 milhões de metros cúbicos de madeira ou a necessidade de se plantar aproximadamente 65 mil hectares, anualmente.
Durante palestra em Marabá, semana passada, Maurílio Monteiro, secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect), disse existirem, por baixo, cerca de 25 mil pequenos fornos queimando madeira, mas apenas 20% dessa totalidade estão na legalidade.
Típico cenário de esdrúxula situação do Pará criando uma cultura de pessoas fora da lei, porque habituadas a trabalhar sem honrar impostos e à margem da legislação que ordena as florestas. Sem contar que mais de 20 mil vivem em condições insalubres.