Até às 10 horas da manhã desta quinta-feira, 7, o vereador Marcelo Alves, do PT,  refugava a sua assinatura no requerimento de criação da chamada “CPI da Saúde”.

Até o momento, seis vereadores assinaram o documento: Ray Athiê (PSD), Elza Miranda (PTB), Ilker Moraes (MDB), Pastor Ronisteu (PTB), Eloi Ribeiro (Republicanos) e  Dato do Ônibus (PSL).

Para a Comissão Parlamentar de Inquérito ser criada, exige-se sete assinaturas ao requerimento.

A CPI proposta tem objetivo de fiscalizar denúncias  de malversação de recursos públicos na área da saúde de Marabá.

Outro vereador que até agora também nega-se a assinar o pedido de CPI é o representante do presidente Jair Bolsonaro, na Câmara Municipal de Marabá, vereador  Fernando Henrique, do PSC, apoiador político do senador Zequinha Marinho.

Em pontos extremos, Marcelo  do PT, representante de um partido mais à esquerda que sempre defendeu as causas dos trabalhadores; e Fernando Henrique, da extrema direita, atuando dentro da Câmara de Marabá fazendo apologia ao discurso bolsonarista de combate a corrupção e temas similares, na hora do pega-pra-capar, estão fugindo da CPI como o diabo foge da cruz.

Antes de redigir este texto, o blogueiro teve o cuidado de enviar mensagem  de áudio ao vereador petista solicitando manifestação dele a respeito da CPI, se aprova ou é contra.

A primeira mensagem foi enviada ao vereador exatamente às 08h49, como pode ser constatado no print abaixo.

Minutos depois, Marcelo visualizou a solicitação feita pelo blog.

Até às 10h10 minutos, nenhuma resposta do vereador.

E como o post precisava ser publicado, o texto segue  sem a versão de Marcelo Alves.

O comportamento do vereador petista, a propósito, está causando mal estar dentro de algumas correntes do partido.

“Na hora do vamos ver, o Marcelo se esconde,  deixando em dúvida se o PT é a favor ou contra a CPI.Ora, num momento tão delicado como este em que a população sofre  profundamente em portas de centros de saúde e  nas dependências do Hospital Municipal, é mais do que necessário averiguar, através de um instrumento jurídico, como é a CPI, para onde estão destinando os pesados recursos orçados na área de saúde. Será que o PT de Marabá está realmente cooptado por algumas sinecuras da prefeitura?”, pergunta um integrante do Partido dos Trabalhadores.

A CPI da Saúde tem o apoio da maioria da população de Marabá.

Pelo menos é a resposta de uma pesquisa virtual, feita por telefone por um call center de Belém, ouvindo  612 pessoas residentes nos cinco núcleos populacionais da cidade (Nova Marabá, Velha Marabá, Cidade Nova, São Félix  e Morada Nova) sobre a CPI da Saúde.

O resultado foi o seguinte.

62 % apoiam a CPI

27%  não apoiam

11% não quiseram ou nãou souberam opinar