O veto integral de Jair Bolsonaro, publicado no Diário Oficial da União,ao projeto de lei que obrigava escolas públicas a contar com profissionais de psicologia e de assistência social, foi duramente criticado pelo vereador Marcelo Alves (PT).

A lei que foi aprovada pelo Congresso estabelece prazo de um ano para as escolas públicas incluírem assistentes sociais e psicólogos no seu quadro de funcionários.

O projeto determinava ainda que as equipes multiprofissionais deveriam “desenvolver ações para a melhoria da qualidade do processo de ensino-aprendizagem, com a participação da comunidade escolar”.

A medida valeria para o conjunto da educação básica brasileira.

Para o vereador marabaense, ao vetar o projeto “Bolsonaro mostra o seu desprezo pela juventude brasileira e prova que não possui qualquer compromisso com a educação básica”.

Revoltado, Marcelo explica que “nas escolas públicas encontram-se os jovens em situação de vulnerabilidade social e que estão, muitas vezes, em condições de risco. Em uma situação de crise, como a que estamos vivendo, os jovens pobres são duramente atingidos”.

O parlamentar petista que tem se revelado  protagonista dos mais influentes na Câmara de Marabá, denuncia que o governo, vetando o projeto de lei,  coloca a “questão da assistência social e psicológica na lógica bolsonarista de corte e arrocho da Educação”.

“Não existe maior ‘contrariedade ao interesse público’ que negar futuro às crianças e jovens brasileiros”,  bate duro Marcelo Alves, que promete levar a decisão do presidente ao plenário da Câmara Municipal.

No veto presidencial Bolsonaro justifica-se dizendo que a proposta cria despesas sem indicar fonte de receita e impactos orçamentários.

Sobre essa justificativa, o  vereador  marabaense destaca que a contratação de profissionais multidisciplinares para a rede pública de ensino não deveria ser vista como uma despesa.

“A gente entende que inserir psicólogos e assistentes sociais na escola não é um gasto, mas um investimento. Essa medida poderia inclusive evitar muitos gastos que chegam no sistema de saúde público e que decorrem de problemas nas escolas. O presidente deveria olhar para o projeto numa perspectiva de economia em outros sistemas, não de despesa”, finaliza o vereador, em bate-papo pelo telefone com o blogueiro.