O advogado e vereador de Ananindeua, Hugo Atayde (PSDB), foi até o Fórum de Ananindeua se entregar espontaneamente à Justiça na noite desta sexta-feira (20).
Ele é suspeito de integrar um grupo de extermínio.
Hugo já era investigado pela Polícia Civil do Pará e deveria ter sido preso na última quinta-feira (17), quando a PC deflagrou a operação Anonymous II, que combate a atuação de grupos de extermínio e milícias na região metropolitana de Belém.
Na oportunidade, sete policiais militares foram presos e cumpridos nove mandados de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão.
Vereador, que também é ex-diretor da Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (Semutran), tentou se defender na internet, por meio de vídeos, e pediu ajuda à OAB no caso.
A Polícia Civil ainda procura um agente de trânsito da Semutran, que está foragido.
De acordo com a Polícia Civil, a atuação dos grupos de extermínio, em sua grande maioria formados por agentes de segurança pública, é responsável por um elevado número de homicídios ocorridos nas periferias de Belém, Ananindeua e Marituba.
Desde a primeira Operação Anonymous, em março deste ano, os desdobramentos das investigações possibilitaram solicitar ao Poder Judiciário mandados de prisão e de busca e apreensão.
Durante a operação, diversos objetos foram apreendidos em poder dos investigados. Entre os objetos estão armas, coletes balísticos, celulares, computadores, carregadores e até um drone, que era usado para monitorar vítimas e a aproximação de policiais.
O delegado-geral de Polícia, Alberto Teixeira, explicou que todo o material apreendido vai passar por perícia.
A expectativa é que, com as investigações, outros crimes possam ser esclarecidos.