Ontem à tarde, 17,  o poster assistiu a uma reunião de representantes dos chamados setores produtivos do Sul do Pará.

Entre vários temas em discussão, o principal efervesceu ânimos quando passaram a debater “ações dos bandidos do MST”, assim denominados os movimentos sociais de luta pela terra.

A demonização chegou a ponto de um dos pecuaristas admitir que o futuro Governo do Estado endurecerá o embate na zona do agrião, como se Jatene não tivesse consciência das peculiaridades desse relacionamento,  e do quanto se deve ter paciência para manter as mesmas relações conflituosas em suas esferas limites.

Descontando atitudes tresloucadas de algumas de suas lideranças, ninguém pode subestimar a importância dos movimentos sociais para a redução das injustiças no campo.

Quem trabalha com história pública, num futuro próximo, produzirá abundantes textos revelando o longo processo de luta do MST contra a exclusão social sem precisar falsear fatos, porque a pesquisa histórica honesta é capaz de revelá-lo.

Às vezes dá até pena, ver na feição raivosa dos setores conservadores o medo instalado diante da possibilidade da criação, no Brasil, de uma democracia social.

Leia-se, medo e pavor.

E esse processo histórico não tem volta, mesmo com a constante criminalização dos movimentos sociais em horário nobre.

Ou na blogosfera caricata representada dignamente por Diogo Mainardi e Reinaldo de Azevedo – dentres  outras  excrescências.