O lenga-lenga em torno da derrocagem e dragagem do rio Tocantins, para viabilizar a idrovia ligando Marabá a Belém, não tem fim.
A empresa que venceu a licitação para realização das obras de canalização, Raca Serviços Ambientais, foi desclassificada.
De todas as doze construtoras que vieram a Marabá fazer a visita técnica, apenas a Raca apresentou proposta ao certame.
Pior: na hora de se habilitar para receber a homologação de vencedora, a Raca não apresentou documentos exigidos.
O poster suspeita de estar havendo um acordo entre os empresários interessados em executar a obra, devido ao preço máximo estimado pelo governo federal, de pouco mais de R$ 450 milhões.
Em qualquer parte do mundo, uma obra da dimensão estimada para a derrocagem é perseguida a unha e fogo por qualquer construtora.
Por que tanto desinteresse pela canalização do Tocantins por parte das empresas do segmento?
O preço estimado.
Não há outra explicação.
Só isso para compreender a confirmação de apenas uma empresa na licitação. E, pior, sem que a mesma apresentasse os documentos exigidos para sua capacitação legal.
Bom lembrar que a mineradora Vale tem um projeto estimado em mais de $ 1 bilhão, para a derrocagem do rio.
Ou seja, duas vezes o valor estimado pelo governo federal.
Como já foi amplamente divulgado, a licitação visava a contratação integrada de empresa para elaboração dos projetos básico e executivo, ações ambientais bem como a execução das obras de derrocamento para a implantação do canal de navegação na região dos Pedrais (Pedral do Lourenção), trecho Marabá/ Vila do Conde; Subtrecho: Santa Teresinha do Tauri (km 350) ? Ilha do Bogéa (km 393); numa extensão de 43 km;
Djalma Guerra
6 de novembro de 2014 - 10:46Esta derrocagem só vai se iniciar no dia em que o Sargento Garcia conseguir prender o Zorro.