O lenga-lenga em torno da derrocagem e dragagem do rio Tocantins, para viabilizar a idrovia ligando Marabá a Belém, não tem fim.

A empresa que venceu a licitação para realização das obras de canalização, Raca Serviços Ambientais,  foi desclassificada.

De todas as doze construtoras que vieram a Marabá fazer a visita técnica, apenas a Raca apresentou proposta ao certame.

Pior: na hora de se habilitar para receber a homologação de vencedora, a Raca não apresentou documentos exigidos.

O poster suspeita de estar havendo um acordo entre  os empresários interessados em executar a obra,  devido ao preço máximo estimado  pelo governo federal, de pouco mais de  R$ 450 milhões.

Em qualquer  parte do mundo, uma obra da dimensão estimada para a derrocagem  é perseguida a unha e fogo por qualquer construtora.

Por que  tanto desinteresse pela canalização do Tocantins por parte das empresas do segmento?

O preço estimado.

Não há outra explicação.

Só isso para compreender a confirmação de apenas uma empresa na licitação. E, pior, sem que a mesma apresentasse os documentos exigidos para sua capacitação legal.

Bom lembrar que a mineradora Vale  tem um projeto estimado em mais de $ 1 bilhão, para a derrocagem do rio.

Ou seja, duas vezes o valor estimado pelo governo federal.

Como já foi amplamente divulgado,  a licitação visava a contratação integrada de empresa para elaboração dos projetos básico e executivo, ações ambientais bem como a execução das obras de derrocamento para a implantação do canal de navegação na região dos Pedrais (Pedral do Lourenção), trecho   Marabá/ Vila do Conde; Subtrecho: Santa Teresinha do Tauri (km 350) ? Ilha do Bogéa (km 393);  numa extensão de  43 km;