A Vale não vai mais explorar a produção de ouro do projeto Salobo, localizado no município de Marabá.

Ela vendeu a exploração das jazidas do metal precioso   à mineradora canadense Silver Wheatona, justificando sua comercialização com objetivo de fazer caixa e ampliar sua capacidade de investimento em projetos prioritários – entre eles, os de minério de ferro, em especial.

 

Em nota oficial, a Vale  informa que não há compromisso da empresa em relação às quantidades de ouro entregues. O acordo foi fechado em torno dos percentuais do ouro produzido como subproduto nas minas, e não a volumes específicos.

Desse modo, diz a mineradora, o risco operacional é reduzido –em caso, por exemplo, de parada da produção por intempéries climáticas e outros problemas.

Segundo a Vale, a “a transação libera considerável valor contido em nossos ativos de metais básicos de classe mundial, na medida em que atribui ao ouro” a ser produzido como subproduto da mina de Salobo o valor de US$ 5,32 bilhões –considerando os termos do contrato e a expectativa de produção.

A mineradora brasileira ressalta que não terá “custos adicionais para a extração do ouro contido no cobre produzido em Salobo”, já que se trata de um subproduto.

O investimento estimado para projeto localizado no Pará (minas Salobo I, já em operação, e Salobo II) é de US$ 4,2 bilhões, dos quais US$ 3,05 bilhões foram investidos até 31 de dezembro de 2012. A capacidade é 200 mil toneladas anuais de cobre em concentrado mais o ouro produzido como subproduto.