Assessoria de Comunicação da Vale envia nota contestando denúncia feita ao blog pelo leitor Paulo Francis envolvendo a comunidade de Minerasul, em São Félix do Xingu.
Nota da mineradora:
A Vale esclarece que não está negociando aquisição de terras com a comunidade de Minerasul, em São Felix do Xingu. A empresa tem participado de reuniões com grupos comunitários locais, membros da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), visando avaliar e implementar ações de melhoria na qualidade de vida das famílias que vivem próximas ao empreendimento de mineração, como é o caso dos assentamentos: Campos Altos, Tucumã e Argovila de Minerasul.
As 110 famílias que viviam nas áreas abrangidas pela Portaria de Lavra da Unidade Operacional Onça Puma foram beneficiadas pelo Programa de Reassentamento realizado em parceria com o INCRA, CPT e Prefeitura de Ourilândia do Norte.
ANONIMO
17 de maio de 2012 - 15:45Depois de muito “empurrar com a barriga”, VALE divulgou em reunião com comissão de moradores, quais são as áreas que serão ainda desafetadas, por estarem sendo prejudicadas pelo projeto. Foi determinada a “desafetação” de aproximadamente 90 familias, das cerca de 400 moradoras do entorno do projeto, mas curiosamente, as 90 familias escolhidas se encontram em uma área onde existe o projeto de implantação de uma represa de contensão, e uma área de reflorestamento proximo ao rio Katete, ou seja, areas onde a empresa necessita e não apenas pelo impacto oriundo do Projeto. Segundo representantes da VALE, este é o numero final de familias a serem remanejadas, causando um grande descontentamento nas comunidades, levando-os a novamente organizar uma barreira em frente ao portão do SITE. Como forma de intimidação, a Empresa na forma de seus representantes informou que solicitará à Polícia Federal providências para que o tráfego de veículos não seja interrompido na estrada do SITE novamente, mas já está sendo articulada a manifestação, ou seja, desta vez juntaram fogo e muita gasolina, que pode resultar em perdas significativas para ambas as partes.
Paulo Francis, seu texto está muito extenso para as regras do blog aqui na caixa de comentários. Veja se consegue dividir o comentário em partes e envia, para publicação.
Pé di ferro
6 de maio de 2012 - 07:32Cadê as Ongs ambientalistas e os dedefensores dos direitos humanos, que não abraçam mais essa causa?
Pois a meu vê eles estão em numeros reduzidos…parabéns ao Hiroshi por divulgar essa situação vivida por esse povo!
Arripiado
5 de maio de 2012 - 20:42IBAMA, SEMA …, pura barre-la? Ainda tem cara para enfrentar a Rio – 20 ???
ANONIMO
5 de maio de 2012 - 15:51O problema é justamente esse, a VALE não tem interesse em negociar as terras, as que ela tinha interesse já foram negociadas e com o perdão da palavra “dane-se” quem ficou fora dessa negociação, ou “desafetação”, como gostam de falar os funcionarios da VALE. Algumas familias ainda serão “desafetadas”, mas somente por estarem em uma área onde a VALE pretende construir represas, ou seja, onde ela ainda tem interesse, e não por estarem “afetados” pelo projeto. A verdade é que a VALE tenta tapar o sol com a peneira, propondo construir escolas onde o municipio não enviará professores, ou postos de saúde que ficarão desativados por falta de profissionais. É fato que empresa nenhuma tem coração e sim CNPJ, mas acho que a vida dos moradores do entorno do projeto deveria ter um pouco mais de importancia, tem gente sem agua, sem transporte, sem estradas, sem saúde, educação e quando questionada a respeito a VALE diz ser responsabilidade da Prefeitura e não dela, só que a prefeitura também trabalha pensando nos votos da reeleição, que na região agora são poucos, então, pedir pra quem? E o pior de tudo é que a VALE agora conta um um departamento interno especializado na questão, chamado INCRA. (Ele mesmo!)
A grande verdade é que a VALE não está nem um pouco preocupada se o filho do “Fulano” agora tem que andar alguns km a pé pra pegar onibus pra estudar na cidade, ou se a “ciclana” tem que mudar-se de sua propriedade porque sofre de asma e a poeira da mina e dos veículos da empresa estão prejudicando sua saúde. A VALE diz ter “desafetado” todos os moradores que se encontravam “dentro” do projeto de lavra, mas e quanto aos vizinhos, que estão a poucos metros da area minerada, separados apenas por uma vicinal esburacada?
É muito lindo o governo fiscalizar queimadas, caça predatória, defender a fauna e a flora através do MINISTERIO DO MEIO AMBIENTE, mas até agora, o ser mais importante desse meio ainda não está sendo defendido… O HOMEM.
Esse é o nosso Brasil…
Paulo Francis
5 de maio de 2012 - 12:28Ninguem está dizendo que a Vale esteja negociando a compra das terras na Minerasul, mas o problema é que os moradores e proprietarios de terras que ficam na Vila Minerasul e nas proximidades do Projeto Onça Puma estão isolados de tudo, posto de saude, escola, linha de onibus. Resultado os moradores estão isolados e estão praticamente sendo obrigados a venderem suas propriedades para a Vale a preços baixos. Alias fato esse que acontece também em Canaã dos Carajás. Vou enviar para você Hiroshi o resumo completo do que tem acontecido e também vou enviar os depoimentos e o material que tenho filmado para você e para algumas ONGs que defendem os Direitos Humanos e o Meio Ambiente. Agradeço a atenção que tens dado a está situação lamentavel que é os transtornos que tais atividades minerais estão causando em seu entorno, sou a favor do desevolvimento da nossa região. Mas que seja feito sem detrimento do ser humano e do meio ambiente.
Paulo Francis, envie o material que publicamos. Abs