A concessão para exploração comercial da ferrovia Norte-Sul arrematada a pouco em São Paulo pela Companhia Vale do Rio Doce, não é boa notícia para quem defende a livre concorrência nos diversos modais de transportes projetados para a região Norte. Isso porque a CVRD caminha para monopolizar toda uma estrutura logística necessária ao escoamento de cargas, mercadorias e produtos do Pará.
O setor ferroviário está agora, definitivamente, sob o controle da mineradora.
Mais uma razão para o governo do Pará e o setor produtivo continuarem lutando pela implantação da Hidrovia Araguaia-Tocantins, como corredor livre de monopólios.
Por ter sido a única habilitada, a CVRD arrematou um trecho de 720 quilômetros da ferrovia Norte-Sul pelo lance mínimo de R$ 1,478 bilhão, ligando Açailândia, no Maranhão, a Palmas, capital do Tocantins.