A Vale lança hoje o livro “Marabá, ontem e hoje”, uma homenagem pelos cem anos do município. A obra é um resgate à história coletiva da cidade, contada a partir de relatos dos familiares dos primeiros habitantes nascidos em Marabá ou que escolheram a região para fixar moradia. O lançamento será realizado às 19h, na sede da Fundação da Casa da Cultura de Marabá (FCCM), parceira da iniciativa. O evento contará com a presença de representantes institucionais, autoridades e demais convidados.

O livro “Marabá, ontem e hoje” nasceu do projeto homônimo, que durou um ano. Para execução do trabalho, a Vale contratou os serviços de uma empresa de consultoria. A Fundação Casa da Cultura de Marabá, parceira do projeto, foi responsável pela orientação do tema e roteiro das entrevistas, junto com o Museu da Pessoa, que por sua vez, ministrou as oficinas de formação de pesquisadores aos bolsistas selecionados. Durante dez meses, o grupo de entrevistadores reuniu 120 horas de depoimentos, que somaram 2040 páginas transcritas. O produto final foi o livro com 224 páginas sobre a cidade, sua gente, sua economia, seus fatos marcantes e traços da sua cultura.

As memórias relatadas pelos entrevistados foram divididas em duas fases. De 1910 a 1950, conta a história de Marabá da primeira metade do século XX, envolvendo a formação da cidade, a atividade garimpeira, a economia da castanha e o comércio, a usina de força e luz, os arraiais, os cordões, as lendas e os “causos” de assombração, entre outros. De 1960 em diante, o livro narra o fim do ciclo da castanha, a chegada da pecuária, a Guerrilha do Araguaia, Serra Pelada e os garimpos de diamante, a grande enchente de 1980, a energia firme e a expansão da cidade para outros núcleos urbanos.

Noé Von Atzingen, presidente da Fundação Casa da Cultura de Marabá, no prólogo do livro, conta a primeira impressão que teve sobre o projeto. “(…) fiquei ao mesmo tempo surpreso e preocupado. Como fazer um livro assim? Quando ficou finalmente pronto, foi para mim uma grande surpresa, pois este formato de livro torna a história mais viva, vibrante e essencialmente mais humana”, assinala. Noé é autor do “Vocabulário Regional de Marabá” e foi agraciado, em 1980, com o título “Cidadão Marabaense”.

A tiragem de “Marabá, ontem e hoje” é de 3 mil exemplares. Os livros serão doados a instituições municipais e estaduais e bibliotecas públicas e escolares da cidade. (Com informação da Assessoria de Imprensa da Vale)