O alto comando da Vale, à exceção de Roger Agnelli, esteve reunido esta manhã com Ana Júlia, para ratificar, “em definitivo”, a decisão da mineradora tocar o projeto da Alpa, a partir do primeiro semestre de 2010, em Marabá. No Palácio dos Despachos, o encontro serviu também para a governadora fazer uma proposta desafiadora aos diretores da Sinobrás – siderúrgica integrada instalada no DI marabaense – presentes também à reunião, no sentido de que a empresa estude a possibilidade de ampliar seu parque siderúrgico utilizando as placas de aço e bobinas a serem produzidas pela ALPA.

Mediante laminação a frio (caso da Sinobrás), a matéria-prima da siderúrgica da Vale pode ser empregada para a fabricação de automóveis (partes expostas), eletrodomésticos (linha branca) e eletroeletrônicos, entre outros.

Dependendo do tipo de planta industrial concebida, a Sinobrás poderia também aplicar a matéria-prima a quente da Alpa diretamente na indústria naval e de construção civil. As bobinas a quente são utilizadas para a fabricação dos mais variados produtos, destacando-se: tubos, vasos de pressão, autopeças, implementos agrícolas, material ferroviário, material eletromecânico, construção civil e embalagens de grande porte.

Diretores da Sinobrás e Vale assumiram compromisso com a governadora de apresentação, no prazo de quatro meses, do estudo de viabilidade econômica da proposta.

Ana Júlia recebeu os seguintes diretores da Vale: Guto Quintella, diretor de Capital, Sustentabilidade e Relações Institucionais; Aristides Corbelins, diretor nacional de Siderurgia da Vale; diretor, Eduardo Bartolomeu, diretor executivo de Logística, Gestão de Projetos e Sustentabilidade; e José Carlos Martins, diretor da área de Minerais Ferrosos;

Pela Sinobrás: Vilmar Ferreira, presidente da siderúrgica; Ian Correa, vice-presidente; e, Cleiton Labes, diretor de sustentabilidade.