Agora a pouco o blog conseguiu obter mais informações a respeito da decisão da Companhia Vale do Rio Doce em suspender o fornecimento de minério granulado ao Pólo Carajás de produção de gusa. Em verdade, oficio da mineradora atinge inicialmente apenas as usinas Cosipar e Usimar. Dia seguinte a 30 de agosto próximo, quando vence o contrato entre as partes, as duas siderúrgicas deixarão de receber o principal insumo para a sua produção.

——
atualizado às 19h16:
A CVRD formalizou em abril passado a sua diposição de radicalizar contra as guseiras que descumprissem as legislações trabalhista e ambiental, após suspeita de uso de trabalho escravo em municípios da divisa entre Pará e Maranhão. Essa é a primeira vez que a companhia toma medida dessa natureza.
Conversando minutos atrás com executivo da mineradora ele sustenta que a Vale “nunca tolerou trabalho escravo” e que , com essa medida, a empresa vai se antecipar à ação dos órgãos de governo, correndo, inclusive, o risco de sofrer penalidades.
No ano passado, a CVRD vendeu para os guseiros do Norte 6 milhões de toneladas de minério de ferro. O volume corresponde a 2% do total produzido pela companhia.

Reunião de emergência
O deputado estadual João Salame (PPS) agendou reuniões, amanhã, 23, com o presidente da Assembléia Legislativa, Domingos Juvenil (PMDB), e com o secretário estadual do Meio Ambiente, Valmir Ortega, com quem pretende discutir uma saída política para a questão.
Consultado pelo poster se existe alguma possibilidade da Companhia Vale do Rio Doce recuar diante de negociações políticas, o executivo foi incisivo em garantir a “natureza de ordem interna e de caráter iminentemente administrativo da medida, sem espaço para outros tipos de manifestações”.