A Unimed Sul do Pará, através de seu Gerente Administrativo  Klênio Ayres (à direita, recebendo certificado), teve a oportunidade de conhecer o Case de Mondragón, considerado o mais expressivo modelo cooperativo do mundo, na Espanha.

Integrando comitiva de dirigentes de cooperativas de diversos segmentos brasileiros, Klênio participou durante 5 dias do Seminário de Cooperativismo ministrado naquela cidade europeia, observando a doutrina cooperativista como parte da cultura local.

“Tivemos duas percepções muito claras. Uma é que eles já estão muito maduros com o compromisso, pensamento e com a cultura cooperativista. Estamos a caminho disso. Outra percepção é que eles atuam para uma melhoria dessa cultura, com uma gestão mais profissional, corporativa, focando na intercooperação e na atuação do cooperado, transformando os modelos tradicionais em um modelo profissional”.

Segundo o dirigente da Unimed Sul do Pará, “o conhecimento e a educação são fundamentais para que possamos crescer em comunhão, em sociedade, trazendo o indivíduo, trabalhando a pessoa, sua cultura, seu pensamento e focar na transmissão e na transformação do modelo cooperativista moderno –  esse aprendizado fica claramente nítido na consciência de quem conhece o cooperativismo espanhol”.

Além de conhecer as estruturas da  Mondragon, a proposta de visita técnica do dirigente da Unimed Sul do Pará foi obter conhecimento da experiência educacional da maior corporação cooperativa do mundo e sua centralidade na relação estratégica de contribuição da educação para o capital intelectual nas empresas cooperativas e consequente desenvolvimento sócio econômico.

Pra se ter ideia da dimensão do grupo espanhol, em 2015 a Mondragón teve um faturamento de mais de 11 bilhões de euros e contava com mais de 74.000 trabalhadores (distribuídos em sessenta e cinco países), 9.000 alunos e 85% dos trabalhadores industriais são cooperativistas.

De acordo com Klênio Ayres, “o propósito agora é fazer esse alinhamento institucional, entender os mecanismos do complexo Mondragon, como o modelo jurídico, a manutenção dessas instituições, as tecnologias que empregam e sua metodologia. Queremos com isso estimular a nossa cooperativa a participar do processo de formação da nossa gente com o que há de mais moderno, promovendo um desenvolvimento sustentável. Todos ganham com isso”.

Sede da Cooperativa

O Complexo Cooperativas de Mondragon, cidade localizada ao Norte da Espanha,  é um exemplo mundialmente famoso por sua capacidade de reunir 103 cooperativas, 125 filiais produtivas, 1 universidade (Faculdade de Engenharia, Faculdade em Gestão Empresarial, Faculdade de Educação e Faculdade de Gastronomia),15 centros de pesquisa, 13 serviços internacionais, distribuídas em quatro áreas: Finanças, Industria, Distribuição e Conhecimento.

“São associados das Cooperativas apenas seus trabalhadores que atualmente somam 93 mil pessoas. Na essência, todas as cooperativas de Mondragón são Cooperativas de Trabalho que possuem produtos e serviços diferentes entre si”, conta Klênio.

Ao ser interpelado sobre a contribuição do  intercâmbio para a sua prática enquanto gestor, Klênio entende que a troca de informações possibilitará, além do conhecimento proporcionado pelo conjunto de palestras  sobre o Sistema  Cooperativo de Mondragon,  algumas  práticas  essenciais  que podem ser implantadas na Unimed Sul do Pará.

“Por exemplo, entendemos a necessidade de implantar a cultura cooperativista em nossos  cooperados, colaboradores, familiares e parceiros através da educação cooperativista continuada, ou seja, a profissionalização na gestão da cooperativa, aperfeiçoando nossa governança”, avalia o dirigente.

O programa da viagem a Mondragón incluiu visitas a unidades do complexo,que conta com mais de 250 empresas nas áreas de finanças, indústria, distribuição e conhecimento e baseia toda a sua atuação nos princípios cooperativos e na intercooperação entre as diversas cooperativas do grupo.

Segundo o gerente Administrativo da Unimed Sul do Pará, a  experiência espanhola foi muito enriquecedora para  todos os participantes.

“Visitamos  um modelo que é um exemplo para o cooperativismo mundial”, concluiu.