No auditório da SINOBRÁS, durante o período de vigência do Governo Itinerante, tentei transmitir ao Governador Simão Jatene e sua comitiva, as reais expectativas que a comunidade marabaense tem em relação ao seu futuro. Também da consciência que a população tem das variáveis que podem significar ameaças, todavia, também, as factíveis oportunidades, nesse cenário.
Acredito que consegui o intento.
Demonstrei em rápida abordagem, as oportunidades que o Pará e, em especial, essa região tem, de diversificar sua base produtiva dentro de um horizonte bem mais amplo – o da consolidação de um parque industrial na região.
Na ocasião, entreguei ao governador o esboço de um projeto que propunha materializar essa idéia.
Abordei a importância do eixo multimodal de transporte a se configurar com a hidrovia. Da condição de expansão do setor metal mecânico em suas duas etapas distintas (fornecedores das indústrias de base e as de transformação) e por consequência, de nova dinâmica no setor de serviços em toda sua cadeia. É a possibilidade de uma mudança radical em nossa cidade.
Alertei, principalmente, da necessidade de o Estado do Pará acompanhar em tempo real essas implantações, seus cronogramas e a concomitante adoção de políticas públicas pontuais para o sucesso do objetivo proposto. Isso para em definitivo, não perder espaços para estados concorrentes como Ceará e Pernambuco, onde também se instalam empreendimentos similares aos de Marabá.
Registrei ainda a forma agressiva com que os empreendedores nordestinos assumem para atrair empresas e configurar o seu parque. De igual forma, como as obras dos empreendimentos similares ao daqui, avançam em ritmo acelerado por lá. E o nosso vai indo…
Estabeleci na apresentação, como prioridade, focar o pólo metal mecânico, sem entretanto deixar de instigar que a equipe de Governo devesse provocar o Governo Federal, de forma que ele se pronunciasse a respeito das obras de derrocagem do Tocantins.
Naturalmente, pela importância desse projeto não só para o estado, como também para a União.
Também para propiciar a condição do Pará oferecer uma alternativa competitiva e atraente, um diferencial em relação aos demais estados já citados. Essa importância está bem retratada na matéria “Da notícia e sua lógica”, por Divaldo S. Souza.(www.acimmaraba.blogspot.com).
A resposta do Governo Estadual veio rápida.
Para inicio, ajustou uma reunião em Brasília entre governo, ACIM, bancada política paraense e o Ministro dos Transportes. O tema pautou ações federais de infra-estrutura no estado; BR 163, Transamazônica, PA-150(BR-155), hidrovia e porto público em Marabá.
O Ministro anunciou o andamento da BR-163 como satisfatória, cuja concordância do governo estadual foi pontual. O nosso governador tinha visitado essa obra e endossava o ritmo dado a mesma pelas construtoras que a consolidam.
Continuando, o ministro fez menção que acabara de assinar os termos da federalização da PA- 150, no trecho de Marabá a Redenção – anunciando, ainda, uma rápida operação para tornar possível o tráfego dessa rodovia ainda para o curso desse ano e uma operação pesada no próximo verão.
Fez referência também ao estágio da Transamazônica, trecho entre Marabá e Altamira, onde destacou que em virtude de pendências de licenciamento ambiental em dois trechos distintos não seria possível sua continuidade no curso desse ano.
Anunciou que o projeto do Porto Público em Marabá se encontrava no DNIT, em processo de finalização do projeto executivo, pelo que assegurou a continuidade desse propósito pelo governo federal.
Quanto ao mais esperado, a hidrovia, ratificou os rumores da retirada dos investimentos do PAC. Entretanto, informou que a Presidente Dilma Roussef determinara que ele, Ministro do Transportes e a Ministra do Planejamento, envolvessem o Presidente da Vale para rediscutir bases para retorno desse investimento.
Destacou ter pleno conhecimento da importância da obra para avanços estratégicos da configuração desse modal. Também que não justificava a conclusão das eclusas sem a navegação a montante da barragem, por óbvio.
Finalizando, assumiu o compromisso de após a reunião com o Presidente da Vale, prevista para os próximos 60 dias, retornar ao grupo participando com os informes resultado desse encontro.
Com relação ao pólo metal mecânico, o governo do estado esta sendo pontual. Assumiu o desafio do projeto proposto pela ACIM e ações com envolvimento de atores diversos começam a desenhar essa caminhada.
Sob comando do Secretário Adjunto da Secretaria de Estado de Projetos Estratégicos, David Leal, ocorreu a primeira reunião na sede do governo em Belém, contando na ocasião com diversos departamentos da administração estadual, consultorias especializadas, representantes da ACIM, ALPA, SINOBRÁS dentre outros.
Na ocasião foi definida a composição de quatro grupos de trabalho para continuidade desse projeto, assim constituídos:
Grupo I – Estruturação dos Distritos Industriais
Grupo II – Comissão de Atração e Contato com Empresas Estratégicas
Grupo III – Comissão de Capacitação de Mao de Obra
Grupo IV – Comissão das Associações Comerciais
A dinâmica está em andamento.
Os grupos já promoveram suas rodadas iniciais e no próximo dia 19/10, em Belém, apresentam ao Comitê Diretor o relato e exposição dos resultados das reuniões das comissões. Como resultados, definições e estratégias gerais, ações de seguimento a serem implementadas.
À exemplo do que ocorreu em cidades contempladas com investimentos similares ao de Marabá, o processo de desenvolvimento passa pela imperiosa necessidade de diversificar a base produtiva, implementando na região pólos industriais do setor metal mecânico que irão reproduzir aqui os avanços registrados nos estados de CE , ES e MG.
Estaremos informando os avanços desse trabalho.
Cumpre destacar que todo esse empenho pode ser traduzido pelas palavras desse que assina o presente texto, por ocasião das primeiras reuniões:
– “é uma forma de envolver e estabelecer compromissos entre os empreendedores que anunciam os investimentos em nossa região e a comunidade. É uma forma de envolver o principal agente público do estado, de forma que estabeleça conosco uma relação de cumplicidade e parceria traduzida em ações que contemplem o futuro de toda uma região”
Existem formas e formas de se expressar ou opinar a respeito de algum assunto.
Formas positivos, originárias daqueles que criticam para construir, para acrescentar – apontando possíveis falhas ou até discordâncias. E também sugestões, de correção, de alinhamento. E isso é ótimo, é muito bom.
E formas negativas, daqueles que desaprovam, criticam e nada acrescentam; regridem, nada produzem , senão a expectativa do apocalipse.
Em particular, acredito na ação que independente do cenário, das dificuldades, dos obstáculos, se esmera em construir – esforça e concentra suas atenções na criação, na inovação. Que acredita que podemos contribuir para melhorar a condição de vida de todos. Basta que cada um faça a sua parte.
Vou fazendo a minha, sempre aberto a sugestões e contribuições.
Texto de Italo Ipojucan, empresário, presidente da Associação Comercial e Industrial de Marabá.
Evandro Junior
9 de janeiro de 2012 - 23:57Seria muito interessante se existisse um mecanismo que fizesse com que as as guseiras absorvessem os universitários para o estágio curricular. Aliás não só elas mas todas as empresas que precisem de engenheiros.(CMT, CONSTRUFOX, AREAL PARANÁ, JBS etc…).
Jorge Taiguara
26 de novembro de 2011 - 20:17Parabenizo vossa atitude, entendo ser dessa forma com inteligência, visão de futuro, espirito público, independência politica que faremos de nosso Pará ocupar um lugar de destaque no cenário politico-ecônomico, do nosso Brasil.
Govêrno nenhum pode prescindir da colaboração da sociedade até porque o govêrno é a sociedade unida de mãos dadas, buscando soluções para nossas dificuldades comuns. Nesse particular torna-se indispensável a participação da iniciativa privada, com sua expertise, sagacidade, faro apurado de oportunidades, dinamo do crescimento.
Meu Caro Italo Parabens!
sá
29 de outubro de 2011 - 13:53Voce è uma grande oportunidade para maraba melhora……. boa tarde amigo
Só nâo esqueça das obras sociais.
messias
22 de outubro de 2011 - 14:33É tudo muito complicado, pois como já comentei entes, uns falam uma coisa, e outros falam outra. Hoje assisti uma entrevista com o Sr. Félix Miranda, e ouvi ele dizer uma grande verdade: Tudo só vai consertar quando entrar um governo que tenha a coragem de falar que daqui do nosso estado não sai nem mais um tipo de minério, sem que nos deixem as Usinas aqui mesmo. Quem sabe que com o Estado de Carajás, tudo não vai melhorar?