Por ocasião de proveitosa conversa que mantivemos com o governador Simão Jatene, recentemente em Belém,  apresentamos a ele algumas preocupações dos setores produtivos, e da sociedade em geral da região, em relação a alguns temas que marcam o dia a dia de nossas comunidades.

No plano comunitário, registramos nossa preocupação com a questão da  violência que grassa  em escala já conhecida, mas que necessita de reflexões urgentes muito além dos diagnósticos  científicos apresentados pelos setores de segurança pública, bem como  plano de ação para distender o sentimento de medo coletivo.

Seguindo uma pauta devidamente elaborada pela diretoria da Associação Comercial e Industrial de Marabá, detalhamos a imperativa necessidade de junção de forças entre o Estado e o Município no sentido de arrefecer a demanda na área de saúde pública. Em primeiro plano, mostramos a situação de calamidade pela qual passa o Hospital Municipal de Marabá, devido, principalmente, a escassez de mão de obra especializada .

A ampliação do  próprio Hospital Regional do Sudeste Dr. Geraldo Veloso foi considerada na demorada conversa. O governador entende que o HRS, devido o processo migratório acelerado ocorrrido nos últimos quatro anos, certamente já merece ampliação de espaço ou um outro tipo de solução.

Num plano mais institucional, a Associação Comercial e Industrial de Marabá sugeriu ao governo acompanhar de perto, e participar ativamente do processo de cumprimento das condicionantes    que a Alpa deverá  seguir e implementar até o seu funcionamento, como fator de desestabilização de tensões sociais provocadas pelas repercussões do grandioso empreendimento.

Na área especificamente empresarial, relatamos a Simão Jatene  nossa preocupação com dois pontos que consideramos fundamentais para a consolidação do processo de verticalização do Distrito Industrial de Marabá.

Primeiro, a necessidade de regularização fundiária da segunda etapa do Distrito Industrial III, onde verdadeiramente se destinará espaço para o surgimento do parque metal-mecânico paralelo aos projetos Alpa-Aline, do lado esquerdo da Rodovia Transamazônica, sentido Marabá-Itupiranga.

Mostramos ao governador que essa área carece ainda de acertos com seus proprietários, mas que  sem esse espaço garantido dificilmente teremos médias e pequenas empresas investindo no metal-mecânico para a verticalização da cadeia do aço,  do  cobre e do manganês.

A questão do Porto Público mereceu também cuidadosa discussão, principalmente  depois  de concretizada a equivocada transferência, do Estado para o governo federal, de responsabilidade desse investimento.  Temos a nítida clareza de que somente com a construção do porto público, logo abaixo do porto particular  da Vale S.A, é que conseguiremos mitigar o DI, fornecendo  infra-estrutura portuária aos exportadores.

Atento a tudo que a diretoria da ACIM colocava, Simão Jatene garantiu ser uma de suas preocupações de governo viabilizar tudo o que até agora está sendo feito no município e região  para a verticalização de nossas riquezas minerais. (Ítalo Ipojucan – Empresário / Presidente da Associação Comercial e Industrial de Marabá)