Único candidato ao Governo do Pará, até agora,  a realizar encontro para debater propostas para a democratização da comunicação e fortalecimento da comunicação pública, Márcio Miranda (Coligação Em Defesa do Pará) anunciou nesta terça-feira (18) que irá expandir a Universidade do Estado do Pará (Uepa) e criar os primeiros cursos públicos da área de comunicação em Santarém e em Marabá. Atualmente, apenas Belém, pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e Rondon do Pará, pela Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) possuem cursos de graduação na área.

A afirmação ocorreu durante encontro realizado em Belém com representantes de rádios comunitárias, jornalistas, publicitários, social medias e comunicadores independentes.

“A comunicação hoje é um campo que pode gerar emprego e que possui muitas vertentes. Por isso vamos incluir no CredCidadão, que é um programa de microcrédito, uma linha específica para o empreendedorismo na área de comunicação, para que se possa comprar sua câmera, seu computador, montar seu estúdio. Isso ajuda a criar emprego e a diversificar a possibilidade de comunicação de diferentes públicos”, destacou Márcio Miranda.

“É importante que jovens de outras regiões tenham acesso ao curso de comunicação, em suas diferentes áreas, para qualificar mais o profissional e o mercado. Marabá e Santarém precisam de cursos públicos nessa área, para formar e qualificar nossos jovens”, disse.

O perfil do curso, que pode ser jornalismo, publicidade, multimídia, relações públicas, entre outros, será definido em diálogos entre representantes do setor, o Governo do Estado e a Uepa.

“Tenho convicção de que isso será muito bem estudado e debatido com a sociedade para definir qual melhor perfil. E depois poderemos expandir esses cursos para outras regiões e municípios”, argumentou.

No encontro, o Sindicato dos Jornalistas do Estado do Pará (Sinjor) entregou uma carta de compromissos para Márcio Miranda, solicitando a realização de mais concursos na área.

Em 2018, a Secretaria de Comunicação realizou seu primeiro concurso, depois de mais de dez anos de criação. No documento também é tratado o piso da categoria, a defesa da democratização da comunicação e o fortalecimento da Rede Cultura.

“Vocês podem ficar tranquilos e contar comigo. Não tenho rádios ou emissoras de televisão. E defendo a Cultura como emissora pública, assim como o fortalecimento das rádios comunitárias e os veículos que falam diretamente com a sociedade”, afirmou Márcio Miranda. A Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo do Pará (Abrajet), a Associação Paraense de Comunicadores Sociais e a Academia Paraense de Jornalismo também participou do encontro.