Hoje, pela manhã, no aeroporto de Marabá, influente pecuarista que já integrou a diretoria da Faepa, confessava ao blogueiro a “decepção com a falta de atitude do presidente da entidade, que tem se negado a prestar contas dos recursos que a federação recebe de diversas instituições”.

Mas, enquanto reclamava, também mostrava-se satisfeito com  “a reação de alguns companheiros, exigindo prestação de contas”.

É verdade.

Finalmente, integrantes das entidades que regem os interesses do agronegócio, no Pará, estão decupando os números contábeis  da Faepa (Federação da Agricultura no Estado do Pará) e do Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Estado do Pará (Fundepec-Pa), e, como se suspeitava, encontrando destinações obscuras da grana que entra e sai das duas associações.

A bronca é porque o presidente vitalicio da Faepa e do Fundepac, Carlos Xavier, não abre mão de manter sob total sigilo o que faz com os recursos.

Há quase três décadas dirigindo a Faepa -,e outra eternidade à frente do Fundo -, Xavier nega-se a prestar contas.

E não é café pequeno o que está em jogo.

São milhões e milhões de reais repassados ao Fundepac por órgãos como Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e Pesca (Sedap), Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará ( Adepará),  Superintendência Federal de Agricultura no Pará (SFA), Sindicato Nacional das Empresas Leiloeiras, Conselho Regional de Medicina – Veterinários, Sindicato da Indústria da Carne e Derivados (Sindicarne), e Sindicato dos Pecuaristas de Corte (Sindicorte).

Em três anos, Xavier recebeu mais de R$ 20 milhões, repassados ao  Fundepec, mas prestação de contas que é bom, neca-neca.

Não obstante cobranças seguidas de seus associados para  explicar  onde está metendo a grana, o moço foge do assunto como o diabo da cruz.

E pronto!

Quem quiser, vá chorar suas mágoas no Vaticano.