Foi frenética a corrida para a troca de partidos, durante a quarta-feira, 30, à véspera de vencimento do prazo limite para a migração de uma legenda a outra.
Não apenas em Marabá,
Em todos os municípios, o corre-corre de políticos varou noite e madrugada adentro, fazendo acertos.
Um vai e volta danado.
Além de vergonhoso, virou piada essa janela de troca-troca de partidos.
Se ela fosse apenas à busca de alguém se firmar, de encontrar um grupamento partidário que lhe desse uma melhor condição de trabalhar, de implementar projeto, seria parte do jogo democrático.
Mas o babado não passa por aí.
Nem sei quantos partidos ao certo temos atualmente no país.
Quase quarenta, por aí.
Para toda essa gororoba, o orçamento da União de 2016 garante repasse de de R$ 819 milhões para o fundo partidário.
O fundo partidário é um repasse da União para as legendas políticas, e de acordo com as regras eleitorais, 5% do total são distribuídos, em partes iguais, a todos os partidos que tenham seus estatutos registrados no Tribunal Superior Eleitoral.
Os outros 95% do bolo são distribuídos às siglas na proporção dos votos obtidos na última eleição geral para a Câmara dos Deputados.
Quase 40 partidos políticos e o país vivendo uma crise de representação na democracia brasileira.
Se a atividade política no Brasil fosse exercida com ética e honestidade, tudo isso faria um bem danado à nação.
Mas não é.