O terreno que seria utilizado para as instalações do projeto Aços Laminados do Pará (Alpa), foi ocupado na madrugada deste domingo (17) por mais de 300 famílias do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto.
O terreno de aproximadamente 1.035 hectares fica localizado no Distrito Industrial, às margens na rodovia BR-230 (Transamazônica) em Marabá, no sudeste paraense. Logo após a invasão, as famílias começaram a demarcar os lotes para a construção de moradias.
As famílias decidiram ocupar o terreno após a notícia de que o projeto da Alpa tinha sido definitivamente transferido para Pecém (CE). A confirmação da ida da Alpa para o Ceará veio à tona após as notícias de contratação de um empréstimo de dois bilhões de dólares, pela Vale, junto ao Export-Import Bank da Coreia do Sul.
Os invasores dizem que já que não vai ter projeto de verticalização do minério em Marabá, o terreno deve ser doado para moradia dos sem teto. De acordo com informações do comandante da Polícia Militar, Coronel Sergio Fialho, a polícia já vinha monitorando a área, já que corriam boatos na cidade que o local seria invadido.
Ele afirma ainda que Vale já tinha conhecimento da situação e que a empresa é responsável por tomar as medidas legais para a reintegração de posse da área junto à justiça
De acordo com a Vale, por volta das 5 horas deste domingo (17), os invasores chegaram ao local e de forma agressiva ignoraram a presença da segurança patrimonial do local, iniciando a fixação de piquetes, avançando, inclusive, sobre as áreas verdes do terreno.
Cerca de 3 mil pessoas estão no local. Através de nota, a Vale afirma que já ingressou com ação de reintegração de posse para desocupação do imóvel, bem como acionou a polícia para apuração do crime que trata de invasão violenta e clandestina.
A Vale informou ainda que o cronograma de implantação do projeto está suspenso porque a empresa aguarda a solução com relação à infraestrutura logística para a região, como a Hidrovia Araguaia-Tocantins, fundamental para a implantação do empreendimento e para o desenvolvimento do Estado.
Desde o projeto inicial, a Hidrovia Tocantins estava prevista como corredor logístico para recebimento do insumo e escoamento da produção da Alpa.
A Vale esclarece ainda que o projeto da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), no Ceará, não inviabiliza a Alpa.
garcia
22 de maio de 2015 - 17:57a vale vai leva tudo do -para. povo fica mais pobre
JOSE HERLAND
18 de maio de 2015 - 11:00Temos que ser mais radicais quando se referir a qualquer patrimônio da vale tem que radicalizar ao extremo.
MARIA DO AMPARO GOMES CARDOSO
18 de maio de 2015 - 08:49BEM FEITO. Gostei da iniciativa desse grupo que está ocupando a área onde seria implantada a ALPA. Ora, se foi INDENIZADO com recursos públicos pela então governadora ANA JÚLIA (o que achei louvável pela importância do empreendimento), nada mais JUSTO do que o POVO OCUPAR e morar.
AF
18 de maio de 2015 - 01:52Depois de Marabá perder a ALPA, depois de Marabá receber todas as famílias e toda a pobreza, todo o ônus da responsabilidade desses anos de propaganda que produziram a atração de uma quantidade enorme de migrantes e que enganou tantos investidores que confiavam nas projeções da Vale o que vai acontecer?
Com a palavra a companhia mineradora que deve responder.