O alarme tocou na manha de sábado. Hora de arrumar as malas e partir.

Mais que depressa, Sebastião Curió jogou no carro, mala, mulher e o filho pequeno, fruto do ultimo relacionamento -, zarpando, em seguida. Inicialmente, aos mais íntimos, disse pegaria avião em Marabá para resolver problemas administrativos da prefeitura de Curionópolis, em Brasília.

Em Eldorado, fez a rotatória no sentido à direita da Pa-150 e foi parar em Palmas. Estrategicamente, não pegaria bem ser visto no aeroporto de Marabá. Era bandeirar demais. Do Tocantins voou para Brasília.

A inesperada fuga de Curió seria para evitar fosse citado pelo Tribunal de Justiça do Estado, que teria marcado julgamento do prefeito, réu confesso no assassinato do menor Laércio Xavier, crime este ocorrido em Brasília.

O julgamento foi transferido para o Estado do Pará, porque Curió exerce o mandato de prefeito e goza de privilégios.

Ao tomar conhecimento da notificação em andamento, usando prerrogativa que não lhe dá o direito de recusar a intimação, Curió escafedeu-se.

Curionópolis amanheceu segunda-feira fervendo. O assunto domina esquinas, repartições e residências.