Três funcionários do Incra prestaram esclarecimentos nesta quarta-feira, 24, na Delegacia de Castanhal, nordeste do Pará. De acordo com o delegado Temmer Khayat, os servidores foram conduzidos a pedido do juiz Líbio Moura, após denúncia de crime eleitoral.

Segundo informações do delegado, os servidores estavam distribuindo títulos provisórios de terra nos assentamentos João Batista e Cupiúba, em Castanhal.

Os documentos dos títulos de terra e o boletim de ocorrência foram encaminhados para o cartório eleitoral a fim de serem analisados pelo magistrado.

Ainda segundo informações apuradas pelo Portal Roma News, servidores do Instituto têm intensificado nos últimos dias a concessão de títulos provisórios de terra no nordeste do Pará e na Ilha do Marajó.
“Nós do Incra sabemos que essa atividade é eleitoreira, sim. Tanto é verdade, que a programação que se estenderia por todo o final desta semana já foi suspensa. Acontece que essa denúncia carece de empenho e averiguações da justiça. Caso o juiz não dê importância só caso, nada acontecerá”, afirma um servidor do Incra, que prefere não se identificar com medo de retaliação.
A superintendente do Incra, Thainná Magalhães de Alencar, esteve na Delegacia de Castanhal para acompanhar os depoimentos.
O procurador federal, Paulo Romel, esteve também acompanhando os depoimentos a pedido da direção do órgão.
Thainná foi indicada ao cargo de superintendente regional do Incra pela deputada federal Elcione Barbalho, mãe do candidato Helder Barbalho, do MDB, que disputa o Governo do Pará.

Thainná é graduada em Direito, com pós-graduação na área do Direito Processual Civil, Constitucional e Administrativo. No Incra, Thainná exercia a função de Chefe de Gabinete desde maio de 2017.

Ela substituiu o também advogado Luiz Pereira, e assumiu a gestão de 397 projetos de assentamentos, criados ou reconhecidos pelo Incra em uma área total de 4,1 milhões de hectares que abriga quase 100 mil famílias beneficiárias das políticas agrárias do governo federal