Parceria firmada entre CEPLAC (Comissão Executiva de Planejamento da Lavoura Cacaueira) e Prefeitura de Marabá, através da Secretaria Municipal de agricultura (Seagri), vai permitir o incentivo à produção de cacau orgânico aos micros e pequenos produtores rurais do município. A Cacauicultura volta com novas tecnologias que permitirão sua expansão, diferentemente do que aconteceu à época da abertura da Transamazônica.

Marabá e outros quatro municípios (Jacundá, São Domingos da Araguaia, Parauapebas e Eldorado do Carajás) estão nessa parceria com a CEPLAC. A intenção é plantar, especialmente na região do Rio Preto, ainda nos próximos meses, o equivalente a 150 hectares (ha); e, no ano de 2011, mais 500 ha de cacau, cujas mudas estão em fase adiantada de produção, no viveiro da própria Seagri.

O cacau é hoje uma cultura promissora, especialmente trabalhada de forma orgânica, que alcança melhor valorização e garantia de preço no mercado, além de trazer sustentabilidade ao produtor. Hoje, o Pará é o segundo maior produtor de cacau do Brasil, com chances de alcançar a Bahia nos próximos anos. Isso é possível graças à tecnologia para uma alta produtividade e o controle de pragas, como a vassoura de bruxa.

Segundo a Seagri, em Marabá a região mais propícia à introdução e expansão da lavoura cacaueira é a região do Rio Preto. No entanto, quaisquer outras áreas, que disponham de terreno arenoargiloso, podem ser adaptadas tecnicamente ao plantio de cacau, que obrigatoriamente é uma cultura associada, que depende de sombra em seu manejo.

História – Logo após a abertura da Rodovia Transamazônica, no início da década de 1970, Marabá e Itupiranga plantaram vasta área de cacau, porém não houve incentivo à continuidade dessa cultura na região, o que resultou em sua substituição pela agropecuária. Porém, às margens da mesma Transamazônica, noutros 11 municípios, a cacauicultura floresceu, colocando o Pará em privilegiada situação de segundo maior produtor desse importante fruto da indústria do chocolate.

A cultura de cacau, por ser permanente, também se constitui num excelente reflorestamento, porque vive à sombra de outras plantas que podem ser desde bananeiras às essências nativas da região.
Fonte: Secom