Coronel Jereissati, aquele que concentra cerca de 30% das riquezas do Ceará num conglomerado de empresas de sua propriedade, amargurado ainda pela sua exclusão da vida pública do Estado, pelo voto direto dos cearenses, subiu à tribuna do Senado para se despedir – tardiamente.

E sapecou azedume nas cores do discurso dizendo que Lula “nos decepcionou como político, como liderança comprometido com a ética e como símbolo de mudança da política no país.”

“Nos decepcionou”, quem, coronel banqueiro do Nordeste?

Lula, é verdade, decepcionou a elite política conservadora da qual o coronel faz parte.

Decepcionou,  sim, virando sua atenção às camadas pobres do país.

A mesma elite que durante mais de 500 anos foi a responsável pela manutenção de 70% de brasileiros na faixa de miséria, totalmente excluídos de direitos mínimos de cidadania.

Depois do discurso do coronel, aguardemos muchochos outros do  Arthur Virgílio (PSDSB). Ele também já anunciou  sua despedida, em plenário, semana seguinte.

Da mesma forma, outras despedidas: do animador de circo, Mão Santa, senador do Estado de Piauí , e de seu conterrâneo Heráclito Fortes (DEM).

É o enterro dos excluídos da vida pública pela sensatez do voto popular.