Tramita na vara da Fazenda Pública de Palmas o processo movido pela Procuradoria Geral do Estado (PGE) contra os ex-governadores Siqueira Campos (PSDB), Sandoval Cardoso (SD), o ex-presidente do Conselho de Administração do Instituto de Gestão Previdenciária do Tocantins (Igeprev) e deputado estadual Eduardo Siqueira Campos (PTB) e outros acusados pelos prejuízos até o momento chegam a R$ 263 milhões causados ao Igeprev entre os anos de 2011 e 2014.

Também são citados  os ex-presidentes do Igeprev Gustavo Furtado Silbernagel, Rogério Villas Boas Teixeira de Carvalho, Francisco Flávio Sales Barbosa e Lúcio Mascarenhas Martins, que também foi ex-presidente do Conselho de Administração, além do ex-vice-presidente do Conselho de Administração, que substituiu Eduardo Siqueira Campos em suas ausências, Francisco Martins de Araújo Neto, e o ex-superintendente de investimentos, Edson Santana Matos.

A ação, que tramita em segredo de Justiça, pede o confisco de passaportes e o bloqueio de bens dos envolvidos para tentar recuperar o montante investido em fundos sem liquidez. Segundo sindicância interna realizada pelo Igeprev neste ano, o prejuízo com aplicações financeiras mal sucedidas pode chegar a R$ 1,76 bilhão.

As ações cíveis e criminais da PGE contra os supostos responsáveis pelas aplicações temerárias no Igeprev foram anunciadas pelo procurador-geral do Estado, Sérgio do Vale, durante a entrega da sindicância pelo presidente do Igeprev, Jacques Silva, ao governador Marcelo Miranda (PMDB) no dia 18 de maio.

Além da PGE, receberam cópias do relatório a Controladoria Geral do Estado (CGE), Polícia Federal, Ministério Público Estadual (MPE), Ministério Público Federal (MPF) e Tribunal de Contas do Estado (TCE).