A partir desta sexta-feira, 18, blog passa a divulgar a programação do Simpósio do Setor Metal Mecânico de Marabá, organizado pela Associação Comercial e Industrial, programado para os dias 28 e 29 de novembro.

Durante dois dias, palestrantes de diversos segmentos da atividade econômica do país e representantes de governos abordarão temas relativos aos pólos de verticalização implantados no país, além de prognósticos sobre o desenvolvimento.

Idealizado por Ítalo Ipojucan, presidente da ACIM, o simpósio objetiva debater o tema “Mineração e Siderurgia: Oportunidades de Negócios”, com quinze palestrantes definidos.

No primeiro dia do encontro, 28, a partir das 10 horas, Flávio Castelo Branco, da Confederação Nacional das Indústriais (CNI) abordará o tema “A Indústria brasileira no contexto mundial”.

Para quem não lembra, Flávio Castelo Branco foi um dos primeiros economistas a prever, em janeiro deste ano, que o ritmo de crescimento da atividade industrial entraria em pequeno processo de desaceleração, “por conta da instabilidade econômica de alguns países da Europa (nesse tempo ainda não se tinha conhecimento do tamanho do rombo nas contas da Grécia e da Itália).

Pelo telefone, Castelo Branco (foto)  disse ao blog que sua palestra versará sobre a necessidade do país reduzir o chamado “custo Brasil” como medida âncora para melhorar sua competitividade diante dos chamados países em desenvolvimento.

 

“Enfrentar a competição, criar condições que reduzem o custo Brasil, como logística, infraestrutura, custo de energia. Essas questões estão sob nosso controle, o câmbio é mais difícil. O Brasil tem baixo custo de geração de energia, por exemplo, mas chega ao consumidor muito mais cara que em outros lugares do mundo, porque há muitos encargos”, afirmou Castelo Branco.

Segundo ele, houve avanços, mas muito aquém do necessário.

A hidrovia do Tocantins é vista pelo economista como uma das ações necessárias para o setor produtivo do país melhorar seu desempenho diante da concorrência. Uma das dificuldades encontradas pela indústria nacional é a infraestrutura, principalmente em transportes. O Brasil tem como principal meio de transporte o meio rodoviário, que é mais caro em relação a outros modelos. A maioria dos produtos é transportada pela via rodoviária, que é a mais cara depois da aérea, isso faz com que os produtos fiquem muito onerados”,disse – demonstrando se tornar um ferrenho defensor das obras de derrocagem e dragagem do rio Tocantins

Gerente executivo de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco é um dos mais respeitados consultores do país.

Amanhã, dedicaremos espaço para falar sobre o segundo palestrante, e o tema a ser abordado.