Se for confirmada a definição do local para a construção da Siderúrgica da Vale, em Marabá, às margens da rodovia Transamazônica, sentido Itupiranga, conforme o blog divulgou em primeira mão na sexta-feira, 18, escolha técnica deve-se a pretensão da mineradora -, e de seus parceiros no empreendimento- , utilizar o sistema multimodal Hidrovia-Estrada de Ferro, para escoamento da produção do parque industrial.

Com ar de contentamento incontido, Gilberto Leite, presidente da Associação Comercial e Industrial de Marabá, ao ser comunicado por um não menos feliz secretário de Ana Julia, dos avanços das negociações para a siderúrgica ser mesmo implantada no município, já tinha conhecimento até de um outro provável desdobramento da decisão: a necessidade de alteração do curso da rodovia Transamazônica, a partir de Marabá, até próximo à fronteira com o município de Itupiranga.

A mudança de rota da estrada deve-se ao pesado tráfego futuro de veículos nas imediações da siderúrgica e da necessidade de espaço para o manejo de locomotivas no pátio que a Vale deverá construir no local para a formação do eixo multimodal Ferrovia-Hidrovia.

A área escolhida seria uma fazenda próximo ao rio Tocantins, cujo proprietário já teria sido, inclusive, procurado por executivos da mineradora. O blogger conhece a propriedade, à esquerda da estrada sentido Itupiranga.

Informações de cocheira em poder da ACIM demonstram confiança da Vale nas ações conjuntas dos governos Federal e Estadual para a conclusão das eclusas de Tucuruí dentro do prazo anunciado. E esta seria uma alternativa que a Vale passaria a dispor para ampliação da sua capacidade de transporte, não apenas de produtos siderúrgicos industrializados, mas de minérios, em suas operações de logística, utilizando a hidrovia até Barcarena.