Com o demorado incêndio na Serra das Andorinhas – informa Sileide Taverna, da secretaria de Meio Ambiente de Xambioá -, muitas espécies animais e vegetais foram mortos pelas chamas numa área de 10 mil hectares. Mesmo que se consiga, de algum modo, evitar sua extinção, dificilmente conseguiriam recolocar as espécies num meio já, completamente, alterado. A fumaça que cobre a região causou alterações significativas no clima. Embora haja polêmica, miúda e mesquinha, diga-se de passagem, quanto à intensidade e velocidade das mudanças ambientais que surgirão a partir do incêndio naquele santuário ecológico, o fato concreto é que teremos de arcar com as conseqüências. Enquanto governos e organizações irão se digladiar para adiar ou adiantar, apequenar ou agigantar o problema, o dito cujo permanece fermentando quase intocável.
Novos incêndios surgirão a cada ano sem que as autoridades invistam em infra-estrutura para combater as chamas originárias de ações criminosas.