Vejam a profundidade de análise do politólogo da Universidade de Córdoba/Andaluzia e doutor na Universidade de Hamburgo, Manfredo Koessi, a respeito de decisão da Corte Alemã contrária ao voto eletrônico:
“A Corte Constitucional alemã acaba de dar um duro golpe no voto eletrônico, ao proibir seu uso. Seus defensores não convenceram os juízes de que a antecipação e seguranças compensavam o perigo de softwares manipulados para gerar fraude eleitoral. Ou que a economia com funcionários eleitorais compensasse. Os juízes entenderam que o voto eletrônico debilita o caráter público da eleição e o eleitor comum não entende o processo e não vê garantias que o voto emitido seja o mesmo do captado pelo computador. A Corte afirma algo que muitos políticos e consultores esquecem: ‘Na República, a eleição é coisa de todo o povo e assunto comunitário de todos os cidadãos e que a função do processo eleitoral é a delegação de poder do Estado à representação popular’. Por isso, a sua legitimidade não pode ser sacrificada em função da comodidade dos funcionários e da ansiedade dos políticos. A sentença teve amplo respaldo da opinião pública”.
Amilcar Brunazo Filho
11 de junho de 2009 - 00:01Esta mesma posição, da prevalência do direito do eleitor poder conferir o destino de seu voto por seus próprios meios, já havia sido defendida em 2002 pelos Procuradores da República Celso Antônio Três e Marco Aurélio Aydos.
Seus textos estão respectivamente em:
http://www.brunazo.eng.br/voto-e/arquivos/SVE-Tres.pdf
e
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos/mid100720025.htm
Anonymous
7 de junho de 2009 - 09:22Fantástico!!! concordo plenamente. Enquanto isso, aqui no Brasil, transformaram uma decisão popular, comunitária e cidadã em um robotizado sistema virtual, questionado desde seu nascedouro. Primeiro mundo é outra coisa! Viva o voto manual, sentimental, puro e MEU, porque sou gente e máquina não sou!!!