Comentando o post Feito Suíno, nosso magistrado trabalhista preferido, e blogueiro, José Alencar, sintetiza a questão, em poucas linhas – dizendo muito.

É sempre bom prestar atenção no que dizem pessoas como Saramago.
No caso, ele é exatamente o contrário, com seus infindáveis parágrafos.
Mas talvez ele não saiba que muitos dos que estão no Twitter também escrevem bons textos – como você faz aqui todos os dias – e não descerão ao grunhido só por isso.
Mas não deixa de ser preocupante essa novilíngua que domina certos escaninhos da Web e das comunicações por telefones celulares.
Mas esse é um problema pré-existente. Antes havia a novilíngua dos surfistas, por exemplo, com seu escasso vocabulário de umas poucas dezenas de palavras. Suficientes para a comunicação entre os da mesma tribo. Só.
Mas Saramago não ignora a força comunicativa e a beleza de um haikai.
Penso que há espaço para coisas boas – e até para a sabedoria – tanto na prolixidade saramaguiana quanto na concisão e minimalismo milloriano (nosso grande mestre do haikai).
E quem grunhir na web, grunhiria de todo modo fora dela.