Continua repercutindo a morte de 52 bebês na Maternidade Margarida Alves, de Pararauapebas. Preocupado com a dimensão do caso ecoada na imprensa do estado, o secretário de Saúde do município  Alex Pamplona Ohana garantiu ter aberto processo administrativo para apurar as causas dos óbitos.

O novo secretário quis passar a impressão de que não são reais os números divulgados das mortes dos bebês. Para ele, deve estar havendo exageros, apesar de admitir  os problemas relatados.

 “Caso isso seja mesmo confirmado, temos que levar em consideração que o número de perda de vidas na maternidade soma-se aos casos ocorridos também em hospitais e maternidades da rede privada”, avalia a autoridade.

 Ao ser sabatinado sobre o cerceamento do trabalho na imprensa nas dependências da maternidade, Alex  Ohana   entende  que as equipes de televisão não tem o direito de registrar imagens de pacientes  no interior da maternidade. “Se o trabalho dos repórteres se limitar à parte externa do prédio hospitalar, não podemos impedir o trabalho de ninguém, agora dentro do prédio  o uso indevido de imagens é uma agressão à própria pessoa humana debilitada no leito de um hospital”,  definiu.

 A autoridade municipal prometeu questionar a empresa de segurança sobre possível agressão de funcionários da terceirizada a membros da imprensa.

 Ohana falou também sobre as demandas na área de saúde do município, entre os principais problemas, a falta de médicos, qualidade de atendimento, ausência de fiscalização nos matadouros, presença de animais nas ruas da cidade e produtos alimentícios expostos em feira sem nenhuma cerificação da vigilância sanitária.

 Antes de encerrar a entrevista, Alex Ohana apresentou números de profissionais atuando nos hospitais e centros de saúde locais. A prefeitura possui 66 médicos e 1.080 servidores.

 Resultado do processo administrativo aberto para apurar as mortes dois bebês deverá ser apresentado em  45 dias.