Desde o final da tarde desta quinta-feira, 21, circulam em pontos estratégicos de Marabá o secretário Estadual de Obras, Joaquim Passarinho,  e o prefeito de Tucuruí, Sancler Ferreira (PPS).

A movimentação de ambos, segundo denúncias chegadas ao blog agora à noite, não seria nada republicana.

Conforme prefeitos ouvidos pelo poster, Joaquim e Sancler estariam oferecendo aos prefeitos aliciados  obras nos municípios  em troca de votos, preferencialmente pavimentação de ruas.

“O lamentável  gesto de corromper consciência oferecendo  pavimentação de ruas é o a moeda de troca”,  disse um prefeito do Sul do Pará, que estará presente, nesta sexta-feira, 22, à eleição que escolherá a nova diretoria da Associação dos Municípios do Araguaia-Tocantins (Amat).

Duas chapas disputam a presidência: uma representada pelo prefeito de Tucuruí e outra pelo prefeito de Marabá, João Salame – embos do PPS.

“É um desrespeito às comunidades que buscam reconstruir dias melhores, a forma acintosa com que Passarinho e o prefeito de Tucuruí tentam alterar o mapeamento dos votos”, denuncia.

A disputa pela presidência da Amat está sendo definida como uma luta por aqueles que defendem a criação do Estado de Carajás e o governo do Estado, contrário ao movimento.

A presença em  Marabá do secretário de Obras do Estado é uma prova de que o governo pretende impedir o fortalecimento dos prefeitos  engajados na disputa emancipacionista, cooptando representantes de municípios totalmente desvinculados à ideia divisionista.

Como está havendo um mapeamento de votos de cada prefeito,  organiza-se uma reação radical contra aqueles que votarem no prefeito de Tucuruí, considerada pelo carajaense pessoa totalmente ligada a estratégia governista de enfraquecer a luta pela criação de Carajás: divulgação em veículos de comunicação, e em mídias alternativas, dos nomes dos prefeitos que se somarem a chapa liderada por Sancler Ferreira.