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Na manhã desta terça-feira (12), Secretaria Municipal de Agricultura (Seagri), Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) e Banco do Brasil (BB) promoveram um Fórum sobre Linhas de Financiamento para Agricultura Familiar e Cadastro Ambiental Rural (CAR).

 

O objetivo foi orientar micro e pequenos produtores rurais sobre o acesso ao crédito para fomentar suas atividades, principalmente no que se refere a exigências dos agentes financeiros, como o CAR, DAP (Documento de Aptidão ao Pronaf) e demais documentação necessária às transações.

 

O secretário municipal de Agricultura, Jorge Bichara (foto abaixo), apresentou um breve relatório das atividades realizadas pela pasta comandada por ele no período de 2013 a 2016, discorrendo também sobre mecanização agrícola, piscicultura, aquisição de máquinas e equipamentos, produção de mudas, entre outros assuntos.

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Em seguida, o secretário municipal de Meio Ambiente, Carlos Brito, falou sobre a posição de Marabá dentro do Programa Municípios Verdes.

 

Ele destacou que em 2015 o município preencheu um dos últimos requisitos para conquistar o título de Município Verde: impediu que a área de queimada ultrapassasse o limite de 40 quilômetros quadrados.

 

De acordo com Carlos Brito, o CAR (Cadastro Ambiental Rural), no âmbito dos Projetos de Assentamentos, é de responsabilidade do Incra e onde justamente se encontra o maior número de propriedades a serem cadastradas.

 

Mesmo assim, no cômputo geral, Marabá está com 82% das localidades no CAR e a Semma se encontra disposição para acelerar a execução do cadastro para quem precisar de financiamento.

 

 

Elias Zeglin, superintendente regional de Varejo do Banco do Brasil (BB), informou que os financiamentos por intermédio do Pronaf (Programa Nacional do Fortalecimento da Agricultura Familiar) foram reduzidos significativamente na região, devido à alta inadimplência.

 

Esse fator, ainda segundo ele, somado a outras exigências, geram dificuldade para acesso ao crédito.

 

Situação confirmada por Antônio Rodrigues da Rocha, o Mineiro, presidente da Associação de Agricultores e Agricultoras do PA Grande Vitória: “A inadimplência é enorme. Conheço gente que tirou dinheiro no banco, todas as parcelas já venceram e nenhuma foi paga”.

 

Luís Gonzaga Silva, presidente da Associação de Produtores Rurais do PA Serra Azul, afirma que na teoria é fácil emprestar dinheiro, mas na prática não é bem assim.

 

“A burocracia é muito grande. Quanto à inadimplência, teve agricultor que fez o empréstimo, vendeu a terra e não pagou nada ao banco”, conta ele.

 

Abrão Lopes, presidente da Associação de Moradores do PA Volta Grande, teme que essa grande inadimplência do passado contamine o crédito de quem nada deve aos agentes financeiros.

 

O superintendente regional do BB disse, porém, que ninguém deve se preocupar com esses erros do passado, porque quem fez empréstimo e quitou está apto a novo financiamento.

 

Leandro Dias Ferreira, agrônomo do BB, observou que o Norte, com 4,6%; e Nordeste, com 6,3% são as regiões que menos usufruem de créditos do Pronaf. Em terceiro lugar está o Centro-oeste, com 21,9% desse recurso, ficando Sul e Sudeste com mais de 50% dos financiamentos.

 

O técnico apresentou todos os segmentos possíveis do Pronaf, por categoria e finalidades, juros e carências e documentação necessária para acesso ao recurso.

 

Ao final, foi apresentada a parceria Seagri–Banco do Brasil, visando reduzir a burocracia e facilitar documentação e acesso ao crédito.

 

Primeiramente, o agricultor deve se dirigir à Seagri para uma análise preliminar da documentação; quando estiver tudo providenciado, o processo é enviado ao Banco do Brasil para análise cadastral e, se tudo estiver certo, pleitear financiamento. (Texto: João Batista da Silva/ Fotos: Helder Messiahs)

Agricultores terão mais facilidades para obtenção de linhas de financiamento
Agricultores terão mais facilidades para obtenção de linhas de financiamento

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