Leitor do blog, Edmilson Peixoto envia, para publicação, artigo de sua lavra sobre o período natalino.
SE O NATAL NÃO FOSSE APENAS EM UM DIA?
– Edmilson Peixoto
Está chegando o Natal. Data que simboliza a esperança e o renascer de uma “nova vida” para milhares de pessoas que “vivem sem esperança” e lamentam constantemente da vida que tem. Mas, apesar de todas as controvérsias e transigências que recheia a origem do Natal, é o momento da representação máxima da celebração cristã do nascimento do maior herói de toda a humanidade – Jesus Cristo.
O Natal representa também o lúdico que encanta todas as idades e direciona ao consumismoprincipalmente daqueles que menos tem, mas que precisam culturalmente presentear pela data que exige a lembrança, através de uma recordação material preparada pelo capitalismo para agradar todos os consumidores e aumentar as “cifras do lucro”.
Natal é ainda o dia de amenizar o “peso da consciência e dos pecados” e praticar o bem. É ser solidário e doar-se numa constante demonstração de gratidão e fraternidade.
Aí, recordo-me de uma das maravilhosas canções do padre Zezinho que diz: “…tudo seria bem melhor, se o Natal não fosse um dia e se as mães fossem Maria e se os pais fossem José e se os filhos parecessem com Jesus de Nazaré”, e imagino se esse Natal solidário não fosse apenas um dia, poderiam servir “sopão” e até doar roupas e brinquedos velhos diariamente ao indigentes. Poderiam deixar de exigir mais segurança contra os pobres, negros e favelados e parar de ficar implorando pela pena de morte, pela redução da maioridade penal, não desejar mais ver as mulheres mortas por praticarem aborto, nem desejar mais a morte e a destruição dos favelados ou sentir ódio e medo das crianças nos faróis, e até se indignar por todo e qualquer tipo de trabalho infantil, trabalho escravo ou aquele insalubre praticado por idosos, pela prostituição de crianças, adolescentes e jovens, por lhes faltar oportunidades e igualdade de condição.
Talvez com a prática efetiva da verdadeira solidariedade, fosse possível amenizar situações conflituosas de vidas sofridas diuturnamente de milhares de pessoas que passam “fome de comida”, “de educação”, “de saúde” e a pior de todas elas que é a “fome não saciada por justiça”, convivida com a injustiça da própria justiça e dos “algozes corruptos e inescrupulosos” que são referendados como representantes do povo e aproveitam o Natal para mandar aqueles cartõezinhos idiotas com dizeres do tipo: “vamos juntos construir um novo tempo”.
Entretanto, ser solidário é indignar-se com a existência de milhões de pobres e miseráveis que vivem sem Natal e sobrevivem o ano todo com migalhas ou passam fome, em contradição com tanta riqueza que se concentra nas mãos de poucos. Por outro lado, não é somente se indignar, mas lutar contra todo e qualquer tipo de desigualdade e discriminação humana durante todos os dias de cada ano.
Que o espírito do Natal esteja sempre conosco. Feliz Ano Novo a todos e todas.
Anonymous
12 de dezembro de 2010 - 15:47Acusados podem ir a Tribunal do Júri
Segundo a promotora, após os interrogatórios será oferecida uma denúncia criminal. Ela explica que em um dos casos a acusação é de homicídio doloso, dolo eventual: o agente assume o risco de produzir o resultado. Nesse caso, os acusados podem ser julgados por Tribunal do Júri. “A denúncia criminal vira processo criminal. Um dos crimes é homicídio doloso, dolo eventual. Se ficar tipificado o responsável vai a júri popular. Pode ser o médico, diretor, e o gestor da pasta”, destaca a promotora.
Para Janaína Andrade deve haver uma maior participação da sociedade nas questões de saúde do município. “O colega Menezes (promotor) faz uma trabalho maior em todos os hospitais. Mas no HMS, o caso é mais grave porque pessoas estão morrendo. O problema não está recebendo a atenção merecida”, destaca.
Veja a matéria completa http://www.alailson.blogspot.com
Mariana Silva do Carmo
11 de dezembro de 2010 - 22:31Hiroshi, o texto ficou muito bom. Sei que precisamos mesmo fazer reflexões críticas sobre datas como esta.
Parabéns ao autor.