“Embora contrariando interesses financeiros, é dever de quem lida com a imprensa primar pelo bem-estar da sociedade. O retorno ou não do serviço de inspeção municipal (SIM) da carne bovina ainda vai se manter por alguns dias na mídia, até uma decisão final do Tribunal de Justiça do Estado, prevista para os próximos dias, porque há muito que se publicar sobre os riscos de um produto contaminado por doenças como a raiva e a tuberculose.
Segundo a juíza Maria Aldecy de Souza Pissolati, a carne em Marabá deve ser comercializada sem inspeção sanitária porque isso vem acontecendo há muitos anos e não deve ser interrompido abruptamente.
De fato, até o ano passado não se ouvia falar em inspeção de carne em Marabá, embora isso acontecesse no Frigorífico Bertin, ou seja, a carne produzida em Marabá para outras regiões do Brasil e para o mundo, passa por inspeção federal, enquanto àquela destinada a população local é comercializada de qualquer jeito.
Segundo o veterinário Neuder França, responsável pelo SIM e que também é servidor público do Estado, disse que no mês de agosto, no município de Jacareacanga, uma rês morreu vítima de raiva, no pátio de um matadouro, que não dispõe de inspeção.
Ainda de acordo com Neuder, devido a solicitação de um produtor, foram realizadas capturas de morcegos numa fazenda de Marabá, porque o proprietário alega a morte de gado com suspeita de raiva, provocada pela mordedura de morcegos hematófilos.
O veterinário do SIM explica que a planilha dos matadouros oficiais, com os números de reses, carcaças e vísceras condenadas, assim como os respectivos motivos das condenações, são enviados ao Ministério da Agricultura, com vista a implantação de políticas para a melhoria dos rebanhos.
Desta forma, Neuder acredita numa decisão favorável ao prosseguimento da inspeção da carne bovina em Marabá e conseqüente fechamento de matadouros clandestinos, porque a população está consumindo 100% das vísceras e carne do gado ora abatido, estejam doentes ou não”.
Fonte: Ascom Prefeitura de Marabá