A segunda-feira (4) amanheceu triste no município de Santarém.

Era hora do adeus ao violonista Sebastião Tapajós.

O músico deu entrada no sábado (2), no hospital da Unimed, em Santarém, apresentando sintomas típicos de um infarto.

Encaminhado ao setor de reanimação e após 40 minutos veio a óbito.

Nesta manhã, o corpo, que estava sendo velado no palco da Casa de Cultura, foi conduzido em um cortejo pelo Corpo de Bombeiros para a missa de corpo presente, na Catedral Metropolitana de Nossa Senhora da Conceição.

“A gente sofre com a partida dele. Não só nós, amazônicos, mas todo o Brasil e todo o mundo, como alguns países já começaram a manifestar saudade, tristeza pela partida do Sebastião”, relatou o maestro, cantor, compositor e amigo Nilson Chaves, que compareceu à despedida.

No local, o prefeito de Santarém, Nélio Aguiar, informou que, por sugestão do Governo do Estado, o nome do Centro de Convenções de Santarém, que está em obras, se chamará Sebastião Tapajós.

Na ocasião representantes do instituto Sebastião Tapajós — que além da preservação e divulgação do trabalho do artista, leva o conhecimento da música, gastronomia ecologia e meio ambiente aos santarenos — prestaram suas homenagens.

A cidade e todo o estado estão em luto oficial de três dias.

O violonista paraense Sebastião Tapajós saiu de cena  deixando no mundo uma obra que enche o país de orgulho.

As cordas do virtuoso violão amazônico tocaram e encantaram públicos em Nova York (EUA), e ele também abraçou o mundo com álbuns gravados na Argentina e Alemanha.

Se Tapajós conseguiu envolver um mundo inteiro com o som de suas cordas, é porque não faltaram composições.

Foram mais de 60 discos lançados, numa discografia inaugurada com “Apresentando Sebastião Tapajós e seu Conjunto” (1963).