Em menos de vinte dias, duas importantes autoridades do Ministério da Saúde concederam declarações que colocam o governo Simão Jatene na pista de surfe de ondas altas,  quando o assunto é Santa Casa de Misericórdia.

Primeiro, foi o diretor do Departamento de Ações Pragmáticas Estratégicas, Dário Pasche, ao fazer vistoria naquela unidade de saúde para apurar a morte de 22 bebês.

Sem meias palavras, disse o moço: – “O órgão (MS) descarta surto de infecção hospitalar na Fundação Santa Casa de Misericórdia”, enfatizando que, de todos os óbitos registrados, “apenas cinco tiveram como causa mortis infecção hospitalar, que foram causadas por bactérias diferentes e comuns na maioria dos hospitais do Brasil do porte da Santa Casa”.

Esta semana a voz maior foi do próprio ministro Alexandre Padilha, repetindo as palavras de seu subordinado.

 

Era tudo o que faltava para o governo do Estado fechar, vitorioso,  a batalha da comunicação que vinha travando com adversários em torno das lamentáveis mortes de recém-nascidos na SC.

Recebeu atestados do governo federal.

Lembremos, ainda, da forma agressiva com a qual o próprio Jatene partiu pra cima do grupo RBA, chamando o senador Jader Barbalho “pro limpo” (*), quando denunciou fraude em fotos publicadas pelo jornal Diário do Pará, de fato ocorrido em Honduras.

Uma frase do governador dita naquela famosa coletiva explicita como o rompimento com o grupo político do PMDB é definitivo:

– “A sociedade deve refletir até onde pode chegar um grupo político, que manipula fatos, fotos e informações. É lamentável que em pleno século 21 ainda existam grupos políticos que pensam que podem impor à sociedade uma realidade que não existe”.

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(*) – Nas ribanceiras do rio Tocantins, antigamente, quando dois garotos eram insuflados por terceiros para briga corporal, tinha sempre alguém a soprar : –  “Taí, ele te chamou pro limpo!”

“Chamar pro limpo”, era uma declaração insidiosa à honra do garoto.