A aprovação, pela Câmara de Marabá,  do projeto de Lei do Executivo,  que regulamenta  a eleição direta para diretores das escolas municipais, mudará significativamente a relação entre os agentes responsáveis pela disseminação do conhecimento e os poderes constituídos.

Todos sabem,  atualmente a comunidade escolar não pode escolher o diretor e, na maioria das vezes, o critério para essa escolha é o apadrinhamento político.

Em pleno século 21, onde se experimentam diversas conquistas institucionais e tecnológicos em nosso País, é inaceitável que as escolas da rede pública continuem sem o direito de debater e decidir sobre quem será o gestor.

“Não podemos aceitar um modelo de gestão fechada e autoritária”, explica, pelo telefone, o prefeito de Marabá, João Salame, que desde a campanha eleitoral, em seus compromissos de governo, já defendia a eleição direta e garantia, priorizá-la, quando assumisse o governo.

Conforme explica Salame, “o  novo cenário não significa apenas o tão propalado avanço democrático  no interior das unidades educacionais de Marabá:  a democratização da gestão escolar será um exercício de cidadania para os alunos. A escola tem uma influência enorme na formação de um cidadão, então, porque não iniciar o exercício de democracia nesse ambiente?”, pergunta -, para concluir:

– “É inaceitável estar exclusivamente nas mãos da classe política, a decisão pela escolha dos gestores de escolas públicas. Agora, com a eleição direta,  educadores, alunos e pais de alunos poderão contribuir na formação de uma nova concepção dos gestores educacionais. A democracia chegou  na Escola”.