Quando assinar o termo de posse da Prefeitura de Marabá, logo mais às 18 horas, na Câmara Municipal, João Salame herdará um município atolado em dívidas, com cinco restrições anotadas no CAUC  (Cadastro Único de Convênios), e o salário dos servidores em dois meses de atraso, sem citar inadimplência com vale-refeição do funcionalismo.

No dia 31 de janeiro, o novo prefeito terá que pagar o primeiro salário dos servidores de sua gestão, além de mais dois (novembro e dezembro-12) atrasados.

Claro, os recursos disponíveis não garantem a quitação de valores que chegam a R$ 70 milhões (somente em salários somados). Saída será o reescalonamento, em negociação a ser aberta com os sindicatos da categoria.

Com o CNPJ da prefeitura inserido no CAUC, a situação se agrava.

Será impossível obter recursos de convênios e de emenda de bancadas previamente já negociados em Brasília, pelo novo prefeito.

Isso sem contar a soma astronômica de débitos com fornecedores – alguns destes débitos legítimos, outros fruto da engenharia safada que se implantou dentro da prefeitura, nos últimos quatro anos, com intuito de desviar recursos.