Quem informa é Pascoal Gemaque:

 

A estatal russa RZD, uma das maiores companhias ferroviárias do mundo, conheceu o projeto e pode ser uma parceira do Governo do Pará na implementação da Ferrovia Paraense, que liga o norte ao sul do estado, pela banda leste.

Nesta terça-feira, 8, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia do Pará, Adnan Demachki, teve um encontro em Brasília com Bernardo Figueiredo, representante da RZD no Brasil e consultor internacional na área de logística.

No encontro, Adnan mostrou a Bernardo o projeto da Ferrovia Paraense, despertando o interesse do consultor no empreendimento.

Segundo Bernardo, o projeto é ousado, mas passa total credibilidade para sua efetivação. “Conheço o Pará, sei da atual situação estável política e econômica de seu governo atual e tenho certeza que, graças também a esses fatores, a Ferrovia Paraense poderá ser uma realidade”, disse o consultor.

A RZD é uma das maiores companhias ferroviárias do mundo, com 1,2 milhão de funcionários e um monopólio dentro da Rússia.

A extensão total da malha ferroviária usada pela RZD é de 85 mil km, uma das maiores do planeta.

A companhia é responsável por 3,6% do PIB russo e detém o controle de 80% do transporte de passageiros e 82% do transporte de cargas no país.

Por ano, aproximadamente 1,3 bilhão de passageiros e 1,3 bilhão de toneladas de cargas viajam via RZD. A empresa possui em torno de 20 mil locomotivas, 25 mil vagões de passageiros e 650 mil vagões de cargas.

No Brasil, a RZD já manifestou interesse em participar do projeto da Ferrovia Norte-Sul.

Nas últimas semanas, os russos solicitaram uma série de informações técnicas sobre o empreendimento à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Segundo Bernardo Figueiredo, “o fato da Ferrovia Paraense buscar uma conexão com a Norte-Sul credencia o projeto paraense a despertar o interesse da empresa russa”.

Além disso, segundo Bernardo, o Governo do Pará está “engajado em apoiar os investidores e isso cria um ambiente favorável para a atração de mais interessados no projeto”.

O próximo passo após a reunião, segundo Figueiredo, é estudar e estruturar um grupo a partir dos empresários russos para analisar como será essa participação no projeto.