O economista e pesquisador Roberto Limeira de Castro, um dos comentaristas notáveis deste blog, discorda da discussão colocada pelo jornalista Manuel Dutra, reproduzida no post “A Análise de um Tapajônico”, que se considera “pessimista tanto com a perspectiva de um ‘não’, pelas razões já apontadas, como com a possibilidade de um ‘sim’ -, caso seja aprovado o plebiscito para a criação dos Estados do Carajás e Tapajós.
Ao que ele diz:

A análise do Pará atual está perfeita, a análise do Pará futuro está completamente furada.
A criação dos Estados nada têm a haver com o sistema econômico vigente, nem promete Estados socialistas messiânicos.
Se o povo ganhar nas urnas e souber escolher os seus representantes e governantes, nem os novos Estados, nem o Pará remanescente serão jamais os mesmos.
A correlação de forças políticas serão totalmente modificadas nos três Estados com o triplo de representantes nas três Assembléias Legislativas e com 16 novos deputados federais, 6 novos senadores e 2 novos governadores lutando pelo desenvolvimento da região atual.
No novo Pará, as demais cidades excetuando-se Belém sairão também vencedoras, pois, poderão eleger muito mais representantes na Alepa e até eleger um governador comprometido com as suas causas.
Ninguém pode desmerecer o processo democrático, traçando um amanhã pessimista e sombrio de qualquer jeito, pelo sim e pelo não.
O que extraio do texto é que não adianta lutar por um futuro melhor no capitalismo, mas, ficar em cima do muro, dormindo e sonhando com a vinda de algum Messias socialista.