A patifaria foi institucionalizada em quase todos os aeroportos brasileiros, mas é no Val-de-Cans, em Belém, onde se constata a maior aberração contra os direitos dos usuários. Naquele terminal aeroportuário a safadeza beira ao ridículo quando o passageiro tenta acessar à internet e se vê obrigado à ler na tela do laptop, tablet ou do celular, que a disponibilidade de conexão só pode ser feita através da Oi.
Além da obrigatoriedade de acessar aos serviços da rede pagando, o passageiro passa pela constrangedora situação de sentir-se numa situação ultrajante de financiar uma reserva de mercado instituída pela Infraero, responsável final pela gestão dos aeroportos nacionais.
Pior: por mais se tenha um bom plano de acessibilidade de Internet através da tecnologia 3G oferecida por operadora de celular, o usuário perde seu tempo – na tentativa de ignorar as extorsivas tarifas cobradas pela Oi. O acesso através dos serviços de terceiros dificilmente se concretiza.
Até parece haver algum bloqueio formal na área do aeroporto para beneficiar a compulsória assinatura da conexão aos serviços oferecidos, goela adentro, pela antiga Amazônia Celular.
Está mais do que na hora dos parlamentares paraenses se mobilizarem, em Brasília, para apressar a aprovação do projeto de lei do deputado Hugo Motta (PMDB-PB), tornando obrigatória a oferta de acesso gratuito à internet nos aeroportos brasileiros.