Blog entrevistou o candidato  a deputado federal Beto Salame (PROS), abordando temas de interesse da sociedade  paraense. Como a entrevista do candidato ficou um pouco longa, decidimos pela publicação do material em tuas partes.

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À direita, Beto em campanha
À direita, Beto em  campanha

1 – Por quê você decidiu ser candidato a deputado federal nessas eleições?

Beto – Olha, em primeiro lugar, não pretendia ser candidato. Sou advogado e procurador de Marabá e pretendia seguir nessa carreira, mas, a política acabou entrando na minha vida através do meu irmão, João Salame, prefeito de Marabá. Sempre coordenei suas campanhas, participando das discussões e de todas as atividades políticas. Por isso, quando o deputado Asdrubal Bentes, nosso candidato natural, não pode disputar esta eleição e meu nome foi apresentado ao nosso grupo, eu topei o desafio imediatamente. Não tenho a vaidade pessoal de ser deputado federal, mas tenho o compromisso com a nossa região, com Marabá e com nosso grupo político. Essa é a razão dessa candidatura.

2 – Você lembrou do deputado federal Asdrubal Bentes. Qual a sua avaliação da atuação dele em Brasília?

Beto – Antes de mais nada, é bom lembrar que cada deputado federal tem cerca de 18 milhões de reais em emendas ao Orçamento da União, todos os anos. Em apenas quatro anos é possível destinar mais de 60 milhões de reais. Esse dinheiro todo é destinado aos municípios em que cada um tem atuação. Asdrubal trouxe grande parte desses recursos para Marabá e também atendeu outros municípios da região. Foi um grande deputado. Um verdadeiro campeão na liberação de verbas para nossas cidades. E isso independente de apoiar o prefeito do município! Uma demonstração de seu espírito republicano e democrático. Asdrubal, que me apoia desde o início dessa caminhada, é para mim um exemplo que pretendo seguir. Então, eleger um deputado federal significa garantir mais recursos para nossa região. Coloquei meu nome à disposição da nossa gente porque sei que estou pronto para seguir o caminho aberto por Asdrubal e trazer ainda mais verbas para financiar o desenvolvimento do interior do Pará.

3 – Como tem sido essa experiência?

Beto- Tem sido incrível. Ao longo desse ano percorri cerca de 120 municípios paraenses. Conheci todas as regiões do Estado. Vi que as desigualdades regionais são imensas e vi nossa gente abandonada, marca do atual governo do Pará. O atual governador do Pará é incapaz de se relacionar com o Governo Federal e com os prefeitos que não rezam pela sua cartilha. Quem sofre as consequências dessa atuação míope do governador é o povo mais necessitado que fica sem saúde, educação, segurança, emprego e obras. Acredito que chegou a hora de colocar o governo do Pará em sintonia com o Governo Federal, elegendo Dilma para presidente e Helder governador.

4 – Porque é tão importante eleger os dois?

Beto- Tenho como exemplo Marabá. Aqui, o governador não colocou um centavo sequer, mas o prefeito João Salame tem como aliada a presidenta Dilma e os recursos estão chegando. Serão mais de 600 milhões de investimentos em asfalto, urbanização e saneamento. Dá para imaginar como ficaria ainda melhor se tivéssemos um governador que tratasse Marabá e o interior do Estado com atenção e carinho. Tudo estaria muito melhor. Nessa caminhada pelo Pará percebi que nós, políticos, temos a obrigação de juntar nossas forças e retribuir a confiança e a esperança de nosso povo com obras e serviços. Vi muita desigualdade, mas vi principalmente muita vontade, garra, vontade de prosperar. Nossa gente é trabalhadora e esforçada, só precisa de estímulo e apoio. É isso que vamos garantir a partir da nossa atuação na Câmara Federal.

5 – Qual a sua principal proposta de atuação na Câmara Federal?

Beto – Minha campanha tem como foco garantir o desenvolvimento do interior do Pará. Por anos, os recursos do Estado foram concentrados em Belém. Está na hora de mudar essa realidade. É verdade que os recursos são poucos, mas tudo fica pior quando as escolhas feitas pelos governantes são erradas. O sul e sudeste do Pará, por exemplo, sofrem com a falta de leitos nos hospitais, vagas nas escolas e policiais nas ruas. Resolve-se isso com incentivo ao desenvolvimento, aumento dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios e políticas regionais devidamente articuladas.

6 – Como isso seria possível?

Beto – Para mim, incentivar o desenvolvimento é recuperar estradas e pontes, é facilitar a instalação de indústrias e comércios nos municípios com redução de impostos e outros subsídios, é investir na formação e qualificação da mão-de-obra local. Ações dessa natureza geram emprego e renda, aquecem a economia e trazem mais recursos, sob a forma de impostos para os cofres públicos. Com mais recursos, é possível reequilibrar os valores repassados aos municípios através do FPM, tirando do sufoco as prefeituras paraenses e investir em novas escolas, ampliação de hospitais, construção das UPAs e no aumento do número de policiais civis e militares. Mas, para tudo dar certo é preciso planejar e articular políticas públicas regionais, que respeitem a vocação econômica de cada microrregião e estabeleçam as cadeias produtivas mais adequadas para cada uma delas. Toda comunidade tem potencial para se desenvolver, desde que receba apoio e orientação. Ajudar a fazer crescer o interior do Pará vai ser sempre minha maior bandeira.

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Nota do blog: amanhã, publicaremos a Parte 2 da entrevista/