Quartel não é local para amotinados, pior ainda para a explosão de ferocidade e violência como a que levou centenas de bombeiros à  sublevação, no Rio de Janeiro.

Não há coerência nos argumentos de militares  organizadores da invasão ao quartel  central do Corpo de Bombeiros, no  Rio.  Eles sabem que o ato configuraria indisciplina sujeita à prisão e risco de expulsão da corporação.

O Estado do Rio de Janeiro, vivendo  momento de pacificação em diversos pontos de sua tumultuada vida urbana,  não pode permitir que os representantes da imposição da ordem sejam protagonistas das cenas que o país presenciou num quartel militar

E que ninguém venha aqui  falar do direito à  reivindicação e à manifestações democráticas.

Na profissão militar, a democracia existe plenamente  no país- desde que a simbologia da autoridade institucional  não seja barbarizada nas entranhas de suas  casas.

Se o governador do Rio de Janeiro não for duro na punição aqueles que invadiram o CB,  logo mais haverá   repetição de cenas idênticas nos quarteis do Bope e da própria PM carioca, com a quebra definitiva da hierarquia.