Causa estranheza a qualidade da cobertura dada pelo jornal Opinião às supostas agressões que os repórteres Ulisses Pompeu, do Correio do Tocantins, e Laércio Ribeiro, do próprio Opinião, teriam sofrido durante cumprimento de pauta da reunião dos lideres dos assentados com a superintendência do Incra.

Enquanto o CT, em sua edição desta quinta-feira, 9, fez chamada discreta na primeira página e texto interno narrando o ocorrido como publicado ontem neste blog, Opinião “escondeu” o episódio num parágrafo da matéria “MST entrega pauta ao Incra”, à página 4 do primeiro caderno,  sem divulgar nomes dos repórteres supostamente agredidos e nem detalhes do ocorrido.

O registro limitou-se a essa “informação”:

 

“Quando a Imprensa local tentou acompanhar a entrega do documento na sala de reunião da superintendência do Incra, pelo menos dois profissionais da Imprensa foram agredidos por integrantes dos movimentos, que não quiseram permitir o acesso de um e o exercício do trabalho do outro (sic). Os dois jornalistas prometeram registrar Boletim de Ocorrência.”

 

Os grifos são do poster.

Ora, qual a razão de esconder a identidade dos repórteres, considerando-se que um deles (Laércio Ribeiro), funcionário do próprio jornal, teria sido o que mais tomou prejuízos como vítima da “agressão”?

(Infelizmente, o blog é obrigado agora a usar aspas.)

O Correio do Tocantins cumpriu com a sua missão de informar.

Opinião escamoteou o ocorrido, ao resumir fato tão grave a evasivos informes.

Cabe, agora, a pergunta, se realmente o barato ocorreu da forma como  um jornalista passou ao poster, minutos depois do episódio?

Ou, pior, o “incidente” não transcorreu com a magnitude do informado?

No frigir dos ovos, terminaremos dando razão a Chico da Cib, coordenador da Fetraf, ao dizer que tudo “não passou de uns empurrãozinhos”?