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Professores e técnicos da Universidade Federa do Sul/Sudeste do Pará decidiram, em assembleia geral realizada em Marabá, no final desta tarde, 23,  entrar em greve, engrossando o movimento “Ocupa Tudo” lançado pelos universitários da instituição em protesto contra a PEC 55, – que congela investimentos na Saúde, Educação e Assistência Social pelos próximos 20 anos -, e ao pacote de maldades do governo Temer que  segue multiplicando ocupações em escolas e universidades em todo o Brasil.

Além disso, os estudantes protestam contra a MP 746 que faz alterações desastrosas no Ensino Médio e a Lei da Mordaça, que a pretexto de um projeto da Escola sem Partido, empobrece e desqualifica o ensino.

Segundo levantamento da UNE, divulgado  ontem, já são 238 universidades públicas e particulares contra o congelamento de recursos para a educação que vai sucatear o setor e tem tudo para ser a porta de entrada para a privatização.

Os estudantes das universidades privadas sabem que o Programa Universidade Para Todos (Prouni), o Programa de Financiamento Estudantil (Fies) e bolsas permanência estão seriamente ameaçados com a estagnação dos investimentos na área educacional.

Nas faculdades e universidades particulares brasileiras, um a cada três estudantes, dessas instituições, conta com algum subsídio do governo federal para estudar.

A União Nacional dos Estudantes (UNE) soltou nota informando também que agora 171 universidades estão ocupadas em todo o país.

Primeiro foram os estudantes secundaristas do Paraná, que já ocupam hoje quase metade das cerca de duas mil escolas do estado para combater a reforma do Ensino Médio.Em outros estados, como Minas Gerais, as ocupações de escolas já estão ganhando força, e em todo o Brasil já ultrapassaram há alguns dias a marca de mil escolas ocupadas.

Em seguida, vieram os estudantes universitários, com um movimento que começou com força nos Institutos Federais, e já ultrapassa o número de 80 institutos pelo país inteiro.

No Pará, o Instituto Federal de Castanhal dá exemplos de como os estudantes estão conscientes das graves mudanças que as propostas de mudança na Educação defendidas pelo governo federal podem afetar suas formações profissionais, e lutam bravamente, enfrentando não apenas a falta de apoio da chamada grande mídia, como as pressões contra a ocupação do IFPA.

O IFPA de Marabá também amplia sua base de ocupações, cada dia recebendo mais apoio da comunidade.

Agora, as universidades,  manifestantes dos Institutos Federais e escolas de ensino médio se preparam para a mobilização  que prevê a ocupação de Brasília, dia 29 de novembro.