A Comissão de Constituição e Justiça do Senado colocou na pauta e votou favoravelmente à realização de plebiscito para a populaçào do Estado do Pará dizer se quer ou não a criação o Estado de Carajás.
A população do Pará poderá decidir em plebiscito sobre a criação do estado de Carajás. AComissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou por unanimidade, nesta quarta-feira (4), voto favorável do relator a projeto de decreto legislativo (PDS 52/07) que estabelece a realização de plebiscito para a criação do novo estado, que deverá ser realizado no prazo de seis meses a contar da data da publicação do decreto.
A matéria agora será votada pelo Plenário do Senado e, se aprovada, será ainda submetida à votação da Câmara dos Deputados. O projeto é de autoria do senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO) e foi relatado pelo senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR). A aprovação da proposta foi recebida com euforia e aplausos por dezenas de prefeitos e vereadores do Pará que participaram da reunião.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) expedirá instruções ao Tribunal Eleitoral do Pará para organizar, realizar, apurar, fiscalizar e proclamar o resultado do plebiscito, segundo o projeto. No prazo de dois meses, a contar da proclamação do resultado do plebiscito, se favorável à criação do novo estado, a Assembléia Legislativa do Pará deverá proceder ao questionamento dos seus membros sobre a medida, que desmembraria o sudeste do estado, participando o resultado em três dias úteis ao Congresso Nacional, conforme manda a Constituição.
Na justificativa do projeto, Quintanilha disse que a proximidade entre governantes e governados é um fator decisivo para a solução de problemas que afetam a população e a economia.
– As enormes distâncias dentro de uma mesma unidade federada, no caso específico do Pará, dificultam demasiadamente as ações da administração pública estadual, resultando, dessa maneira, na impossibilidade de implantação e gerenciamento de programas e projetos de interiorização do desenvolvimento – afirmou o senador.
Durante a discussão da matéria, o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) disse queo projeto não pode ser usado como bandeira política e que deverá haver um processo de conscientização da população. Ele ressaltou que o povo do Pará tem o direito de ser ouvido sobre se concorda ou não com a criação do estado de Carajás.
A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) observou que, embora seja relutante à criação de novos estados e municípios, votava a favor da matéria, justamente porque se trata de um plebiscito, que dará direito à população de decidir sobre o assunto. Sua relutância quanto ao tema, explicou Ideli, se deve ao fato de a criação de novos entes federados acarretarem custos vultosos à máquina pública.
Já o senador Osmar Dias (PDT-PR) observou que a criação do novo estado poderá trazer maior desenvolvimento para o Pará, lembrando que o desmembramento de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul trouxe progresso para àquela região.
Os senadores Valter Pereira (PMDB-MS), Edison Lobão (DEM-MA), Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) e Romeu Tuma (DEM-SP) também elogiaram a medida. Valter Pereira disse que o projeto aprovado significa que os senadores estão desenhando “uma nova estrela para colocar no pavilhão nacional”. Tuma lembrou que as diligências policiais são feitas com dificuldade no Pará, por ser um estado muito grande.
Mais, aqui.
FREDERICO
7 de junho de 2009 - 15:29Hiroshi,
No meu entender essa divisao já devia ter acontecido há muito tempo.
Nós do sul do pará não temos hábitos nem costumes dos nossos patricios de belém, como por exemplo a comida e o sotaque que dos belenenses é muito cheio de "esses".
A distancia, o desenvolvimento, a cultura regional é muito diferente.
Outra situação não só com nosso estado de carajás mas com o de tapajós que virar a seguir: a distancia da capital cega os governantes do litoral sobre nossa infraestrutura viaria.
Sou filho de marabá, me formei em engenharia em belem e viajo muito nestas estradas abandonadas.
Fui ontem cedo ao Peba e fiquei impressionado com a situação das estradas. Enquanto ao mesmo tempo um amigo foi a tucurui e reclamou a mesma coisa.
A governadora está tirando o foco do investimento numa jogada de marketing e dizendo que o mais importante é o ser humano em seu governo. È ridiculo.
Estao nos fazendo de palhaços. Vi um outdoor do Valdir Ganzer proximo a um posto da sefa em marabá frente a entrada da entrada da ferrovia da vale.
É uma palhaçada geral. Parece que estamos vivendo uma situação surreal.
E QUAL BANCADA ESTÁ NOS APOIANDO PARA CRIAÇÃO DO NOSSO ESTADO: A BANCADA DO TOCANTINS. ELES DE NOVO QUE ESTÃO MAIS INTERESSADOS DO QUE ESSES ASNOS POLITICOS DO SUL DO PARÁ.
Mas para tudo tem um preço…
Vamos pagar para nossa região desenvolçver e deixarmos de viver de migalhas.
Bom final de semana a todos.
Quaradouro
7 de junho de 2009 - 00:41Caro:
Vejo os comentários e me desiludo. A emancipação do sul do Pará não pode ser tratadaao sabor de paixões miúdas.´Quem é contra deve fundamentar sua contradita; quem é a favor tem a obrigação de se esclarecer.
Respondendo aí a um anônimo (um assunto desses,o da criação de um Estado, deveria ser tratado às claras, não assim sob o manto do anonimato, o plebiscito deverá ser feito apenas nos municípios interessados na emancipação, ou seja, naqueles que integrarão a nova unidade administrativa.
Não faria sentido consultar, por exemplo, Trairão, a Ilha de Marajó, ou Medicilândia. Em que os afetaria a emancipação?
Aos interessados,sugiro dar uma olhada no texto aprovado e no entendimento do STF sobre o assunto.
Anonymous
6 de junho de 2009 - 16:01Beleza, viva a hiprocrisia!!! Um estado todinho para os "gigolores de vaca e de minério" Que pena que isso não se realizara, não há mesmo espirito para tal prosopopéia. Não acredito que a classe dominante e ruminante, tenha mesmo ideia de civilização, ante a barbarie do boi e do campim que povoam a nossa região, uma chantagem é uma chantagem, e o estado de Carajás não passa de uma chantagem política!
Os dados de desenvolvimento e progresso, conceitos bem confusos na cabeça dos genitores do Estado de carajás, são todos empiricos, não há nenhuma pesquisa de tal relevancia para afirmarmos que com a divisão o desenvolvimento tecnico-cientifico-industrial e humano nos arrancará da barbarie e da grave crise social que vivemos!!!Pelos panfletos que já li e pelas idéias mirabolantes difundididas pelos donos do estado, pelo caldo de cultura difuso da população, não há mesmo interesse dos que habitam essa região, dá de presente um estado para a velha e calhorda burguesia agrária governar!!!
E por ultimo, não vejo nenhuma força politica e intelectual e moral, capaz de produzir uma hegemonia, capaz de ser a força dirigente desse processo de criação do Estado, contar com a sorte é uma hipotese, outra é ter força politica organização, força social capaz de colocar em marcha a superação os verdadeiros desafios que vivemos atualmente,cito três a) um novo estátuto para a mineração, nossa tragedia permanente, mais como fazer, se a CVRD, sequetra a todos? b) a precarização do trabalho, uma socieade que não se sastifaz pelo trabalho, há mesmo uma civilização da morte, b) a fissura ecologica e ambiental que estamos vivendo.
Sem essas questões e outras não podemos parti para essa epopeia, a aventura pode nos custar muito caro!!!
André Costa
6 de junho de 2009 - 11:15"sofremos até um certo preconceito"
Posso deduzir que ao ser criado o novo estado e sua capital, as demais cidades desse novo estado terão o mesmo sentimento citado pelo anônimo das 3:23 PM.
No afã de conseguirem se dar bem, essas pessoas tentam mexer com o "orgulho ferido" de todos que por aqui moram e trabalham.
Esses separatistas são tão bairristas quanto aos que eles acusam de tal prática.
É humanamente impossível a um governante estar em diversos lugares ao mesmo tempo.
Vamos nos ater à administração de Marabá: Por acaso o poder público municipal consegue atender aos anseios dos moradores da zona rural? NÃO.
Nem esse e nem os anteriores o conseguiram, senão os moradores da nossa zona rural não estariam falando em emancipação.
A verdade é que o poder central, o núcleo, tem estilo pardal, gosta do conforto e da comodidade que a cidade propicia.
Voltando a zona rural de Marabá: se os vereadores e prefeito de Marabá são a favor da emancipação, por que não emancipam uma parte da zona rural abandonada, que clama ardentemente pela emancipação, para assim tocarem suas vidas? A zona rural vem tentando se emancipar há um bom tempo.
Retóricas, hipocrisia, interesses escusos e mercantilistas, desejo de terem mais poder, mais cargos, mais influências, é o que está por trás da emancipação do novo estado.
Façamos juntos uma radiografia dessas cidades em que vereadores e prefeitos querem a emancipação. Vamos poder constatar que eles tem cuidado muito mal dessas cidades. Falta de verba? De jeito nenhum… dinheiro tem aos baldes.
Você imagina por que eles administram tão mal? Acha que eles mudarão de atitude de acaso isso vier a ser tornar realidade?
Você acredita?
Temistocles
6 de junho de 2009 - 09:50HIROSHI,
EU GOSTARIA DE SABER SE O PLEBICITO VAI SER REALIZADO EM TODO O ESTADO OU SOMENTE NA REGIÃO QUE QUER A EMANCIPAÇÃO???
Anonymous
6 de junho de 2009 - 02:02Este é um processo irreversível mesmo que dure anos, não tem mais volta e é um direito legítimo das lideranças locais de assumirem o controle e os destinos da região. Não contavam com a ajuda do desastroso governo do Pt, certo!
Anonymous
5 de junho de 2009 - 18:23Para os que querem saber mais sobre o Estado de Carajás e que gostam de ler, so entrar no site. Apesar de ver a luta que o povo da minha região faz em favor do novo Estado, eu nasci e "vivido" em marabense sou favoravel por apenas um motivo, essa região não tem identidade nenhuma relacionada ao Pará, que por sinal sofremos até um certo preconceito como se nós não fossemos nem paraenses, tratados a certo ponto como "bixos" oque e uma pena, mais eu amo Pará! rsrsrsrsrs http://www.estadodocarajas.com.br/
André Costa
5 de junho de 2009 - 15:54"O grande beneficio que a divisao ira trazer é que os recursos aqui produzidos serao utilizados na regiao e nao para sustentar a maquina publica corrupta sediada em Belem."
O PÍFIO ARGUMENTO ACIMA NÃO PASSA DE RETÓRICA, ALÉM DE NÃO ESCLARECER NADA. É ISSO QUE ELES DEFENDEM: NADA.
VAMOS AOS RECURSOS
Em 2006 Marabá teve um PIB de quase 2.6 bilhões. Em que esse recurso foi investido?
VAMOS AOS CORRUPTOS
Corrupto por corrupto, não ficamos atrás de Belém. Ou ficamos?
VAMOS ÀS CONTAS
Vamos fazer uma continha bem simples, em que não exige-se conhecimentos aprofundados de matemática:
Temos um grande bolo, o qual pagamos para outros degustarem.
Atualmente o bolo é dividido por todos os habitantes do Estado. Repetindo: o bolo não é para comermos, é para pagarmos.
Com a suposta criação do novo estado, o bolo não vai diminuir em nada. A diferença é que agora seremos bem menos habitantes para PAGAR o bolo, que inclusive tende a crescer com os fermentos que serão adicionados, já que não se tem notícias de que impostos são retirados nesse país.
Resumo da ópera: vamos continuar com as mesmas mazelas e outras tantas que surgirão, e continuaremos a ouvir as mesmas desculpas de hoje.
VAMOS AOS FATOS
Os defensores dessa idéia não tem capacidade de administrar nem seus quintais, dirá um estado que já nasce com infindáveis problemas, que estão aí acumulados ao longos de décadas, por eles mesmos que defendem o novo estado. INSENSATOS!
Anonymous
5 de junho de 2009 - 10:45ANTECIPAÇÃO DE VOTO: SOU MARABAENSE/PARAENSE E CONTRA A DIVISÃO. VOTO NÃÃÃOOO!!!
Anonymous
5 de junho de 2009 - 10:43Continuo aguardando informações sobre o plebiscito: votam os moradores do Pará que fica Pará, ou não? que fale alguém da "bendita" comissão pró emancipação, por favor.
Anonymous
5 de junho de 2009 - 09:16O grande beneficio que a divisao ira trazer é que os recursos aqui produzidos serao utilizados na regiao e nao para sustentar a maquina publica corrupta sediada em Belem.
Quanto ao comentarista acima que diz que chegamos aqui puxando a cachorrinha lembro que tivemos coragem de vir para gerar progresso na regiao caso contrário a mesma ainda seria retrogada e atrasada pois o povo de Belem nem conhece esta regiao.
Blog Faxada
4 de junho de 2009 - 14:42Alguém poderia enumerar alguns dos problemas que seriam resolvidos com a criação do novo estado?
Alguém poderia enumerar algumas das vantagens que a população terá?
Fiquem a vontade para enumerá-los. Vou ler todos os tópicos. Gosto de ler.
Se quiserem, no caso da lista ser extensa, mandem para meu e-mail:
somentemaisumnamultidao@gmail.com
Ainda não compreendi os benefícios e vantagens que o novo estado trará. Por isso pedi ajuda a quem possa ajudar, para que eu entenda a miúde.
Anonymous
4 de junho de 2009 - 14:24Chegaram aqui carregando uma cachorrinha, foram recebidos com afeto, conseguiram alguma coisa na vida, tornaram-se donos de terras e agora querem dar o golpe, dividindo o Pará.
Não passarão.
O Pará tem orgulho de ser grande e a maioria do povo é contra a divisão.
Anonymous
4 de junho de 2009 - 10:09Como é dificil contruir a Liberdade, principalmente se tivermos que pedir licença para aqueles que sempre manmaram nas nossas têtas, será que a população de Belem nos será favorável, principalmente tendo politicos mesquinhos e poucos inteligentes que temos, como os senadores do Pará que nunca fizeram nada por nossa região, alias para ser justo um fez muito, nos deu o Primeiro Suplete de Senador, QUE LASTIMA!!!
Anonymous
4 de junho de 2009 - 09:15Ufa! finalmente. Pulada essa primeira fogueira, uma perguntinha pertinente: a população do Pará que fica será ouvida no plebiscito? se alguem souber por aí agradeço a informação.